Oscar: Fernanda Torres revela se fará justiça por Fernanda Montenegro

Nova York (NY) – A atriz Fernanda Torres é umas das brasileiras presentes na 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A artista conversou com o Metrópoles sobre a indicação do filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, no qual vive a protagonista Eunice Paiva, e sobre a possibilidade de concorrer na mesma categoria que sua mãe, Fernanda Montenegro, disputou.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui narra a trajetória de Eunice Paiva foi uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas e nunca chorou na frente das câmeras.

 

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O longa foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema, nessa segunda (23/9), para representar o Brasil no Oscar 2025, na categoria de Melhor Filme Internacional. Fernanda Torres comemorou a conquista e apontou que chegar à lista final da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood será “duríssimo”.

“Acho que tem chance em Filme Internacional porque tivemos críticas deslumbrantes. É um filme importantíssimo, porque recupera uma mulher extraordinária, chamada Eunice Paiva, que eu acho que o Brasil não conhece como deveria”, avalia Fernanda.

Justiça por Fernanda Montenegro

Fernanda Torres tem aparecido na lista da imprensa internacional como um dos nomes que deve figurar na disputa de Melhor Atriz. Coincidentemente, a última vez que o Brasil esteve nessa categoria foi em 1999, com Fernanda Montenegro – mãe da intérprete de Eunice Paiva.

Fernanda Montenegro concorreu por Central do Brasil, outro filme de Walter Salles – que também disputou como Melhor Filme Internacional. A diva do teatro e das telas brasileiras perdeu para Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado.

Perguntada se faria justiça pela mãe, Fernanda Torres respondeu: “Isso não existe. Acho muito difícil. Para uma atriz sul-americana, ser indicada já é uma vitória. Eu estou cotada nas shortlists, o que, para mim, já é milagre”.

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