“Psicopata”: Comissão de Ética pune presidente do Ibama de Bolsonaro

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República puniu o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Eduardo Bim por debochar de uma operação da Polícia Federal que o investigou por suposto esquema de exportação ilegal de madeira.

Bim foi presidente do Ibama durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A punição aplicada pela Comissão de Ética se deve a uma fala do servidor durante uma palestra em maio de 2022. Na ocasião, Bim se chamou de “psicopata” e disse que considerava como uma “licença-prêmio” seu afastamento da presidência do Ibama por decisão judicial.

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Presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim

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Presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim

Andre Borges/Esp. Metrópoles

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“Tem gestor que se sente constrangido com reportagem de jornal etc. Eu não, sou um psicopata. Não estou nem aí. Praticamente não estou nem aí”, disse Bim, cerca de um ano depois de ter sido afastado da presidência do órgão ambiental, por 90 dias, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“‘Ah, Polícia Federal, 90 dias de afastamento’. Beleza, é licença-prêmio. Noventa dias afastado. Estou nem aí. Estou tranquilo. Eu só trabalho em uma calibração técnica”, prosseguiu ele.

A decisão da Comissão de Ética Pública em punir Bim foi tomada durante reunião nessa segunda-feira (23/9). A censura ética funciona como uma “mancha” no currículo do servidor.

Bim é procurador federal e servidor de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU). Ele responde por Processos Administrativos Disciplinares (PADs) na AGU e é réu na 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará por participar de um suposto esquema criminoso no Ibama que liberou a exportação de madeira ilegal aos Estados Unidos. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo-SP), atual deputado federal, também foi denunciado no mesmo processo.

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