Advogados de Gusttavo Lima dizem à Justiça que ele é divorciado

Nos documentos em que Gusttavo Lima constitui legalmente advogado para se defender de ordem de prisão, o estado civil do cantor aparece como divorciado. Lima e Andressa Suita romperam em 2020, quando assinaram os papeis de divórcio e, pelo que consta na Justiça, não casaram novamente.

O casal reatou o relacionamento logo após assinar o divórcio e segue junto desde então. Ambos estão em Miami com os dois filhos, em casa adquirida por Gusttavo Lima, em Hollywood Beach, avaliada em R$ 65 milhões.

Para se defender da acusação de ajudar foragidos da Justiça, investigados no âmbito da Operação Integration, Gusttavo Lima, que tem como nome de registro Nivaldo Batista Lima, constituiu advogados. No documento, está escrito: “Nivaldo Batista Lima, brasileiro”, nome da mãe e do pai, “natural de Presidente Olegário-MG, nascido aos 03/09/1989, cantor e compositor, divorciado“.

Em outra documentação apresentada à Justiça de Pernambuco para contestar um Habeas Corpus irregular o cantor aparece novamente com o status de divorciado. Veja:

imagem colorida de documento com Gusttavo Lima divorciado

O status inalterado, embora o casal permaneça unido, ocorre porque, no Brasil, não é possível anular o divórcio após a decisão ser homologada. Para ter o status de casados novamente, Gusttavo Lima e Andressa Suita teriam que fazer novos votos perante a Justiça.

A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a assessoria de Gusttavo Lima, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto.

Pedido de prisão

O mandado de prisão preventiva para Gusttavo Lima foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi tomada em meio à Operação Integrations, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro.

No documento, a juíza alega que o cantor teria protegido investigados na operação. “É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.

“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, revela o texto.

“É fundamental ressaltar que, independentemente de sua condição financeira, ninguém pode se furtar à Justiça. A riqueza não deve servir como um escudo para a impunidade, nem como um meio de escapar das responsabilidades legais. A aplicação da lei deve ser equânime, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações. A tentativa de se eximir das consequências legais por meio de conexões financeiras é uma afronta aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à própria noção de justiça”, continua a magistrada.

A magistrada citou a viagem de Gusttavo Lima à Grécia, onde apareceu em fotos com os investigados. Além disso, a aeronave que transportou o cantor poderia ter deixado os dois suspeitos no exterior.

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