Pacote de estímulos chinês derruba dólar e faz bolsa disparar

O Banco Popular da China (PBOC), banco central chinês, anunciou nesta terça-feira (24/9) um pacote de incentivo à economia do país, que incluem a redução das taxas de juros sobre empréstimos hipotecários existentes e o corte na taxa de exigência de reservas em 0,50 ponto percentual, injetando cerca de US$ 140 bilhões na economia. O anúncio deu um ânimo aos investidores e impulsionou os preços das commodities. A Bolsa brasileira (B3) disparou, com avanço de 1,21%, aos 132.142 pontos. Já o dólar fechou em forte baixa de 1,30%, valendo R$ 5,46.

As medidas chinesas empolgaram o mercado no curto prazo e impulsionaram commodities metálicas, empresas do setor e moedas de países exportadores das matérias-primas. No Ibovespa, as ações da CSN (CSNA3) registram a maior alta do dia, avançando 8,66%. As ações da Vale (VALE3), de maior peso para o índice, subiram 5,35%, depois de o minério de ferro fechar em alta de 4,64% na Bolsa chinesa de Dalian e saltar 6,36% na Bolsa de Cingapura.

Em contrapartida, as ações da Azul (AZUL4) lideram as perdas, com uma desvalorização de 3,36%, estendendo a desvalorização do papel no ano para 67,77%. Os preços dos contratos futuros do petróleo encerraram o dia em alta firme. O Petróleo Brent (nov) subiu 1,68%, a US$ 75,17 o barril e o Petróleo WTI (nov) subiu 1,69%, a US$ 71,56 o barril.

No cenário interno, o mercado absorveu sem solavancos a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). No encontro, realizado na quarta-feira (18/9), o órgão decidiu pelo aumento da taxa básica de juros do Brasil, a Selic, que passou de 10,50% para 10,75% ao ano.

No documento divulgado nesta terça, o BC não deu indicações sobre novas alterações da Selic. Em contrapartida, reforçou o compromisso de conduzir a inflação para a meta, cujo centro está fixado em 3% ao ano.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.