Justiça revoga prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, alvo da Operação Integration

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco nesta terça-feira (24) revogou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. A decisão também suspendeu a apreensão do passaporte e do registro de arma de fogo do cantor.

Cantor Gusttavo Lima em palco de show, com roupa preta e a mão sobre o peito

Justiça revogou prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima – Foto: Reprodução/ND

A defesa do cantor entrou com o pedido de habeas corpus ainda na segunda-feira (23). O presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, negou o pedido de urgência e repassou para o relator do caso, que tomou a decisão na tarde desta terça-feira.

Eduardo Guilliod Maranhão, desembargador e relator do caso, também concedeu liberdade para a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra, que deixou a prisão.

As acusações contra o cantor Gusttavo Lima

Gusttavo Lima é alvo de investigação da Operação Integration, que chegou a prender Deolane Bezerra e apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a casas de apostas online.

De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o cantor teria relação financeira com o casal sócio da casa de apostas Vai de Bet, investigado pela operação.

Gusttavo Lima em propaganda para a Vai de Bet, com roupa personalizada da casa de apostas

Gusttavo Lima é embaixador da Vai de Bet e já apareceu em propagandas da casa de apostas – Foto: Redes sociais/Reprodução

“Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas”, argumentou a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife.

Ele teria, inclusive, dado guarida aos dois foragidos em um avião que saiu do Brasil com destino à Grécia. Conforme as investigações, o cantor e o casal embarcaram em Goiânia com destino a Grécia no início de setembro. Porém, apenas o sertanejo voltou ao Brasil, o que sugere, segundo a Justiça, que os foragidos possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha.

“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima [Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, diz a decisão.

Gusttavo Lima ao lado de um avião

Cantor é alvo da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a casas de apostas online – Foto: Reprodução/R7/ND

Além de ordem de prisão, o cantor chegou a ter o passaporte e o certificado de registro de arma de fogo suspensos. A Justiça determinou, ainda, o bloqueio de R$ 3,3 milhões das contas pessoais e da empresa do sertanejo, a GSA Empreendimentos e Participações.

Ao Portal R7, a defesa de Gusttavo Lima disse que “a inocência do artista será devidamente demonstrada” e que “não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais”.

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