Itamaraty mantém silêncio sobre escalada de Maduro contra o Brasil

Apesar da ofensiva do governo de Nicolás Maduro contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a diplomacia brasileira, o Ministério das Relações Exteriores se mantém em silêncio sobre a escalada na recente tensão entre os dois países.

Mesmo após as últimas declarações do governo venezuelano, o Itamaraty ainda não se pronunciou sobre a ofensiva do regime chavista contra o país. Ao Metrópoles, fontes com conhecimento sobre o assunto afirmam que o posicionamento da pasta deve seguir sendo o silêncio.

A crise teve início em julho deste ano, após a contestada reeleição do líder chavista e o não reconhecimento da vitória de Maduro por parte do governo brasileiro. Contudo, a situação ganhou novos capítulos após a última cúpula dos Brics, realizadas entre os dias 22 e 24 de outubro na Rússia.

No encontro, o Brasil vetou a entrada do país liderado por Maduro no bloco, e gerou uma onda de críticas e acusações por parte do herdeiro político de Hugo Chávez, inclusive a de que Lula é um “agente da CIA”.

Além de comparar Lula a Jair Bolsonaro e exigir explicações públicas do Itamaraty sobre o veto, o regime Maduro chamou o embaixador venezuelano em Brasília de volta a Caracas nesta quarta-feira (30/10). O ato é visto como uma forma de retaliação na diplomacia.

O encarregado de negócios da embaixada do Brasil na Venezuela, Breno Hernann, para expressar repúdio contra as recentes declarações de Celso Amorim, apontado como um “mensageiro do imperialismo dos EUA”, e ao “comportamento irracional dos diplomatas brasileiros” que participaram do veto ao país liderado por Maduro nos Brics.

Por conta dos episódios recentes, o governo da Venezuela ameaçou tomar “medidas necessárias” contra o Brasil.

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