5 motivos para não comprar o Corsair Voyager A1600

Um dos únicos notebooks gamer com processador e placa de vídeo dedicada da AMD vendidos no Brasil, o Corsair Voyager a1600 é certamente um produto excêntrico. Com muitas propostas interessantes e outras até inusitadas, o modelo apresenta uma experiência descompassada e que certamente se torna um problema na indicação.

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  • 5 motivos para comprar o Corsair Voyager a1600

Pensando nisso, o Canaltech listou 5 motivos que podem fazer você não comprar o Corsair Voyager a1600.

5. Performance

Quando você compra um notebook gamer, o esperado é que esse modelo entregue uma performance satisfatória pelo valor investido. Com o Corsair Voyager a1600 isso não acontece: esse notebook tem um desempenho pior que seus concorrentes na mesma faixa de preço.


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O melhor cenário é em Quad HD, onde o notebook foi feito para brilhar, mas o desempenho é praticamente empatado com outros modelos que possuem uma RTX 4060 — e custam muito menos. Isso significa que o desempenho geral dessa máquina é muito decepcionante e sequer aguentar jogos como Alan Wake 2 em qualidade máxima sem ajuda do upscaling de imagem. 

4. Drivers

Se a performance não é boa, a experiência em games não ajuda mesmo quando a taxa de FPS é alta. A culpa disso recai sobre os drivers da RX 6800M, que muitas vezes entraram em conflito com os jogos, ocasionando bugs e crashes.

O problema dos drivers não foi exclusivo em games, e muitas vezes que eu fechava alguma aplicação pesada, a tela simplesmente apagava e eu precisava reiniciar a máquina. Problema de driver ou erro do sistema, o Corsair Voyager a1600 é um produto bem instável para manusear e pode frustrar usuários inexperientes. 

Embora seja bom ver um produto com AMD no Brasil, é difícil recomendar o notebook devido aos problemas de software (Imagem: Felipe Vidal/Canaltech)

3. Tela

O Corsair Voyager a1600 vem com tela Quad HD+ (2560×1440) de 16 polegadas no formato 16:10, com um painel IPS, taxa de atualização de 240 Hz e tempo de resposta de 3ms. No papel, o display tem tudo o que precisa para funcionar bem, mas, na prática, a situação é outra, já que essa tela não é tão boa quanto poderia — e deveria — ser.

O grande problema é que o display conta com uma profundidade de cores baixa, sem vividez ou uma entonação brilhante. Ao jogar um game ou assistir a um filme, é muito perceptível que está faltando algumas cores, como maior aprofundamento do espectro de cores DCI-P3. Tudo isso é incompatível com a faixa de preço na qual o Voyager está inserido. 

A tela do Voyager a1600 não é um desastre, mas está aquém do esperado (Imagem: Felipe Vidal/Canaltech)

2. Conectividade

Embora seja uma tendência de notebooks ultrafinos e leves terem menos conexões, os notebooks gamer quase sempre vêm bem completos nesse sentido. Esse também não é o caso do Corsair Voyager a1600, que carrega 3 portas USB-C, uma porta USB-A, entrada para fone de ouvido P3 e uma conexão para cartão SD. Se você queria mais USB-A, HDMI, mini DisplayPort, entrada para internet e afins, pode esquecer. 

Para compensar isso, a Corsair envia dois adaptadores USB-C para USB-A. Infelizmente, para o público gamer a falta de uma entrada HDMI ou mini DisplayPort pode ser um grande problema, principalmente para quem não possui um HUB de conexões em casa. Embora isso possa agradar parte do público e decepcionar outra parcela dos compradores, entendo como algo ruim por ser um produto do nicho gamer. 

Conexões do Corsair Voyager a1600
Lado esquerdo do Voyager a1600 (Felipe Vidal/Canaltech)
Conexões do Corsair Voyager a1600
Lado direito do Voyager a1600 (Felipe Vidal/Canaltech)

1. Preço

Tudo isso culmina no preço. O Corsair Voyager a1600 não é um notebook nada barato e custa na casa dos R$ 15.000. Por esse valor, é inaceitável o nível de performance apresentado pelo notebook, assim como a qualidade mediana da tela e o escasso leque de conectividade.

Nem entro no mérito dos drivers bugados, pois isso é um problema à parte do notebook em si. Contudo, por todo esse valor, há notebooks que literalmente dobram a performance e parecem ter um custo-benefício mais interessante.

Mesmo com um design e construção imponente, de nada adianta se o conjunto da obra é limitado (Imagem: Felipe Vidal/Canaltech)
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Leia a matéria no Canaltech.

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