Tarcísio demite policiais por chantagear mulher de traficante

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas determinou a perda do cargo público dos policiais civis Denir de Souza Junior e Gilberto Donizete Gonzaga, condenados a 22 anos e 4 meses de prisão por extorquir a mulher de um traficante. A decisão foi oficializada após a rejeição da apelação criminal apresentada pelos agentes ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

De acordo com as investigações do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, os policiais participaram de uma articulação com mais quatro pessoas para tomar uma caminhonete e R$ 100 mil em dinheiro de Emilis Vilhalva, esposa de Otávio Pereira de Oliveira Neto. O traficante foi detido com veículo carregado de maconha em Jundiaí (SP), em 2016.

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Denir de Souza Junior é um dos policiais condenados por extorquir mulher de traficante

Gilberto Donizete Gonzaga perdeu o cargo de investigador de polícia
Kassab é secretário de Tarcísio
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Gilberto e Denir: Policiais foram punidos por extorsão a mulher de traficante

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Denir de Souza Junior é um dos policiais condenados por extorquir mulher de traficante

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Gilberto Donizete Gonzaga perdeu o cargo de investigador de polícia

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Kassab é secretário de Tarcísio

Celso Silva/Governo do Estado de SP

A mulher ficou dois dias em poder dos policiais, que estavam lotados na delegacia de São José do Rio Preto. As câmeras de uma agência bancária registraram o momento em que um deles sacou o dinheiro. O agente a ameaçou dizendo que, sem a grana, iria acusá-la de tráfico de drogas junto com o marido.

A operação, realizada pela Corregedoria da Polícia Civil de Rio Preto, apreendeu quatro veículos além da caminhonete e prendeu seis envolvidos. Condenados em 2019, Denir e Gilberto foram levados ao Presídio Especial da Polícia Civil, em São Paulo. Eles recorreram da sentença, que incluiu a perda do cargo público, mas tiveram a apelação negada pelo TJSP.

Em 2021, Denir recebeu o benefício da progressão de regime para o semiaberto, após comprovar à Vara de Execuções Criminais de São Paulo a ausência de faltas disciplinares no cárcere, períodos de trabalho e leitura. Em 2024, ele pediu a ida para o regime aberto, que foi concedida após realização de exame criminológico e avaliação psicossocial.

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