“No olho por olho, todo mundo fica cego”, diz Alckmin sobre tarifaço

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (22/4), que o Brasil deve saber “aproveitar as oportunidades que se abrem” com a guerra tarifária, iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Alckmin manifestou-se em um evento da indústria automotiva, realizado em São Paulo.

O vice-presidente, citando o líder sul-africano Nelson Mandela, acrescentou: “No olho por olho, o máximo que pode acontecer é todo mundo ficar cego”, disse. “Então, a política externa precisa ser ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha. Eu sou mais eficiente numa área, vendo para você. Você é mais eficiente em outro setor, vende para mim. Ganha o conjunto da sociedade e você estimula a competitividade.”

Alckmin observou que o “Brasil não tem litígio com ninguém”. “Com os Estados Unidos, nós temos 200 anos de amizade e parceria. E eles não têm déficit comercial com o Brasil. Têm superávit”, afirmou. “E nós temos de nos dar bem com todos. A China é o maior comprador do Brasil, o maior parceiro comercial. E os Estados Unidos são o maior investidor do Brasil.”

O ministro disse ainda que, no atual contexto de conflito comercial, o Brasil precisa “aproveitar as oportunidades que se abrem e promover o diálogo”. “Comércio exterior é emprego, renda, desenvolvimento. “O Brasil defende o multilateralismo e o livre mercado”, afirmou Alckmin.

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