O turismo no Brasil está em crescimento acelerado depois de anos em queda e lenta recuperação causada pelas paralisações decorrentes da pandemia de covid-19. Uma das modalidades que mais cresceu foi a volta do turismo de feriado e final de semana, viagens curtas conhecidas popularmente como “bate e volta”, nas quais o turista passa um ou dois dias no local antes de seu retorno para casa.
O que fazer em uma viagem bate e volta?
Pela sua característica de curta duração, essa forma de turismo visa viagens que não necessitam de muita organização ou planejamento. As formas mais comuns de bate e volta são viagens ao litoral mais próximo de carro, muitas vezes sem precisar levar bagagens, apenas chegar bem cedo, passar o dia na praia e voltar para casa no final da tarde.
Outros podem preferir viagens mais urbanas, como conhecer alguma cidade próxima, fazer algumas compras, comer em um restaurante típico da região e voltar ou passar a noite em uma pousada para voltar no dia seguinte.
Mudanças que modificaram a forma como viajamos
Para muitos turistas a forma de viajar em 2025 significa colecionar mais recordações e conhecer mais lugares, preferindo aproveitar o momento ao invés do luxo ao trocar uma grande viagem a cada 5 anos por dezenas de viagens menores no mesmo período.
Essa nova forma de pensar se associa com o crescente número de casos de estresse e burnouts causados pelo trabalho e pela vida agitada, segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os sintomas síndrome de burnout, sendo, atualmente, o segundo país com mais casos diagnosticados no mundo, atrás apenas do Japão.
Para combater esse tipo de situação muitos preferem o bate e volta como uma forma de escape rápido e que pode ser replicado várias vezes ao ano, ou seja, várias mini-pausas mais simples para evitar o acúmulo de estresse acabam valendo mais a pena.
O crescimento das viagens bate e volta no Brasil também aconteceu em resposta a diversos fatores econômicos, um deles, e talvez o mais impactante, é a volatilidade do dólar atrelado às passagens aéreas internacionais por conta de conflitos ao redor do mundo, decisões políticas e guerras econômicas contra outras potências mundiais.
A alta das passagens internacionais fez o consumidor voltar sua atenção para as passagens regionais de voos baratos e de curta duração para explorar mais o turismo nacional durante feriados e finais de semana a fim de viver mais experiências a um preço muito mais acessível.
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