Brasília – Deputados do PL e aliados de Jair Bolsonaro articulam uma nova ofensiva para forçar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro. Mesmo com apoio formal de parte da Casa, a proposta segue travada.
A estratégia inclui pressão física e digital: familiares de detidos vão acampar em frente às casas de líderes partidários e influenciadores bolsonaristas como Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer devem atacar Motta nas redes.
Famílias nos acampamentos e pressão nos estados
O plano prevê que familiares de golpistas presos se instalem em frente às residências de parlamentares contrários à anistia. O alvo principal é a casa oficial do presidente da Câmara, em Brasília. A intenção é pressionar os líderes em seus redutos eleitorais.
“Estamos segurando os familiares até agora, mas sem data de votação definida, não vamos conseguir mais”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Guerra nas redes sociais
Enquanto a pressão nas ruas cresce, a batalha nas redes também vai esquentar. Deputados com milhões de seguidores, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), devem lançar vídeos atacando Hugo Motta, reforçando a mobilização digital.
Tentativas anteriores frustradas
A movimentação não é nova. Em outras ocasiões, Bolsonaro tentou pressionar partidos via orçamento eleitoral, ameaçando cortar recursos de campanhas de quem se opusesse à anistia.
Mesmo assim, as ações falharam. Até pedidos do próprio ex-presidente para cessar os ataques nas redes não foram suficientes para alinhar a base.
Outras táticas em curso
Além dos acampamentos e da pressão digital, os bolsonaristas planejam:
- Greve de fome no plenário;
- Obstrução de votações;
- Quebra de acordos sobre emendas parlamentares.
Tudo isso em meio à força do PL, que tem a maior bancada da Câmara.
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