Londres – Em pleno Wembley Stadium, o improvável aconteceu: o Crystal Palace, clube de 120 anos e raras glórias, calou 90 mil vozes e venceu o todo-poderoso Manchester City por 1 a 0 neste sábado, 17 de maio.
O gol que mudou o destino dos Eagles veio cedo, aos 16 minutos, com Eberechi Eze aproveitando um contra-ataque afiado puxado por Muñoz.
Logo depois, o goleiro Dean Henderson — sim, aquele ex-Manchester United — defendeu um pênalti e decretou o fim do encantamento do time de Pep Guardiola.
Henderson vira muralha e frustra Guardiola
O segundo tempo foi um verdadeiro teste de sobrevivência para o Palace. Com linhas fechadas, transições cirúrgicas e um goleiro em estado de graça, o time de Oliver Glasner ignorou qualquer hierarquia do futebol inglês.
Foram defesas de todos os jeitos, um gol anulado por VAR, pressão do início ao fim. Mas a taça, enfim, ficou nas mãos do azarão. Para um clube que só havia levantado a Championship em 1979 e 1994, o feito em Wembley transforma o Palace em algo inédito: um campeão de elite.
City afunda em temporada decepcionante
Já o Manchester City termina a semana com gosto de derrota completa. Fora da Champions League, eliminado da Copa da Liga, e agora superado por um clube modesto no torneio mais tradicional da Inglaterra.
Guardiola tenta evitar o vexame total apostando tudo no final da Premier League, onde ocupa apenas o 6º lugar e precisa correr para garantir vaga europeia.
O próximo suspiro do time azul será contra o Bournemouth, nesta terça-feira, no Etihad Stadium.
Mas o tropeço em Wembley pode ter fechado o caixão de uma temporada marcada por altos salários, investimento bilionário e… resultados pífios.
Um conto de fadas sem VARices
A trajetória do Palace até a glória teve ares de epopeia. Começou em janeiro, atropelando adversários improváveis como Stockport County, Doncaster Rovers e Millwall. Depois, superou os mais encorpados Fulham e Aston Villa com uma receita clara: defesa sólida e contragolpe fulminante.
Em campo, nomes como Savinho passaram despercebidos, Ederson ficou no banco, e o goleiro Ortega falhou no lance decisivo. Nada, porém, poderia ofuscar o brilho de Henderson, o novo herói improvável da terra da rainha.
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