Moradores da capital do Irã, Teerã, foram pegos de surpresa pelos ataques de Israel contra a região. A ofensiva israelense já dura dois dias e deixou, até o momento, ao menos 78 iranianos mortos e 320 feridos.
“Por volta das 3h da manhã, ouvimos uma explosão. A princípio, pensamos que fosse uma explosão de gás. Depois, nos levantamos e vimos todas as janelas quebradas. Fumaça e poeira enchiam a casa toda e não conseguíamos respirar”, disse Mohsen Salehi à Reuters.
Escalada
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
- Ao longo da semana, a retórica militar entre os dois países aumentou. Há alguns dias, o governo iraniano afirmou que atacaria Israel caso seu programa nuclear fosse atingido.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense Leão Ascendente, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.
Veja:
De acordo com o iraniano, de 45 anos, um dos alvos atingidos pelos bombardeios israelenses morava próximo à sua residência. Ele, contudo, disse não saber quem foi a vítima do ataque.
“Somos pessoas normais e não tenho ideia de quem morava perto daqui e foi alvo [dos ataques]. Trabalhamos o dia todo. Só sabemos que o alvo estava a três ou quatro casas de distância”, relatou.
Desde o início da ofensiva de Israel, o governo iraniano confirmou importantes baixas nas principais fileiras militares do país. Entre eles, o ex-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), Hossein Salami, e o antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do do Irã, Mohammad Bagheri.
Além de alvos militares, os bombardeios israelenses também atingiram, e mataram, cientistas ligados ao programa nuclear do Irã.