O que Mauro Cid espera ganhar com mais um depoimento à Polícia Federal

O bolsonarismo espera com apreensão o novo depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à Polícia Federal (PF). A expectativa é que Cid dê mais detalhes da trama golpista envolvendo a minuta do golpe.

Na Polícia Federal, parte dos agentes avalia que o tenente-coronel não tem mais muito o que oferecer para a investigação. A não ser que apareça uma grande surpresa, a oitiva marcada para 11 de março não deve ter grandes resultados.

Mas Cid e sua defesa já definiram o que querem caso o depoimento seja aceito como uma delação premiada. Para Cid, já implicado até o pescoço com os planos golpistas de Bolsonaro, o prêmio da vez será uma “anistia” para a esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid e o pai, Mauro Lourena Cid.

Ambos não estão envolvidos com a trama do golpe, mas sim com a fraude no cartão de vacina e no desvio das joias sauditas. Caberia, portanto, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a decisão de misturar os casos.

Esse tipo de acordo era um dos mais comuns da Lava Jato. Um dos benefícios pretendidos por Cid e sua defesa, na posição de colaborador, é que a família dele esteja protegida e não mais investigada. 

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