A Anatel está realizando testes finais de um novo sistema que identifica chamadas indesejadas, incluindo ligações insistentes de empresas e robôs. Chamado de “Origem Verificada”, o serviço poderá ser colocado em prática.
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Entre as informações mostradas na tela do celular estará o número de origem da ligação, assim como a logomarca da empresa e o motivo da ligação logo abaixo. Na seção inferior do display, será exibido um selo que confirma a autenticidade das informações dispostas.
Antes de iniciar a operação completa do Origem Verificada, a Anatel deve certificar as empresas que realizam esse tipo de ligação.
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Para os consumidores, basta ter um celular com conectividade 4G ou 5G (ou seja, grande parte dos modelos em circulação atualmente) para ver o serviço funcionando no futuro.
De acordo com o superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Santana Borges, é comum que provedores de telefonia fixa repassem a chamada, mas não sua origem.
Agora, as operadoras já devem receber estes dados junto com a chamada, e poderão repassá-los se as informações estejam autenticadas com o selo. Caso contrário, é possível barrar as ligações antes que cheguem ao consumidor.
Segundo informações fornecidas por Cristiana Camarate, conselheira substituta da Anatel, cerca de 500 empresas são responsáveis por 80% das chamadas, incluindo fraudes. Ela também apontou que as ligações insistentes e pouco eficientes estimula que os consumidores não as atendam.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicaram que 68% dos adultos nunca atendem uma chamada não identificada, e 80% afirmaram que teriam maior propensão a atender a chamada caso ela fosse identificada.
John Anthony von Christian, presidente-executivo da ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), apontou que as novas regras poderão beneficiar também as empresas que tenham boas práticas. Segundo ele, a maior transparência fará com que as pessoas atendam a chamadas que as interessem:
“Quando o cidadão não atende, fica difícil. Foram mais de 60.000 demissões no nosso setor por causa disso. Com o sistema, o setor poderá voltar a contratar, porque as pessoas vão voltar atender as ligações”
A agência não confirmou quando o serviço começará a ser disponibilizado. No momento, 33 operadoras de telefonia celular e fixa já aderiram ao programa, e é esperado que todas sejam certificadas em três anos.
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