Spin-off de Extraordinário é nova lição sobre preconceito e compaixão

Pássaro Branco – Uma História de Extraordinário chega aos cinemas nesta quinta-feira (7/11) como uma continuação indireta de Extraordinário (2017), ampliando o universo criado pela escritora norte-americana R.J. Palacio. O filme segue a linha de gentileza e compaixão que marcou o primeiro longa, mas agora com uma nova abordagem, mostrando como um simples ato de bondade pode mudar não só a vida de uma pessoa, mas também o destino de todos ao seu redor.

Com direção de Marc Forster, Pássaro Branco foca em Julian (Bryce Gheisar), o garoto que em Extraordinário (2017) foi responsável por fazer bullying com Auggie Pullman, protagonista do primeiro filme. Agora, Julian é o novo aluno de uma escola e precisa lidar com os próprios sentimentos de culpa, raiva e vergonha por suas ações.

O filme parte de um momento-chave da história, em que Julian, após ser expulso, tenta encontrar seu lugar em um novo ambiente.

É nesse momento de crise que sua avó, Sara (Helen Mirren), aparece trazendo uma lição fundamental para a transformação do neto. Sara começa a contar sua própria história e menciona sua infância durante a ocupação nazista na França, em 1942.

A transição para o passado da avó é o ponto alto para o desenvolvimento do filme e leva o público a um recorte específico da Segunda Guerra Mundial, em que a jovem Sara (Ariella Glaser) se vê envolvida em uma situação de risco devido à sua origem judaica. A história dela se entrelaça com a de Julien (Orlando Schwerdt), um colega de escola que, mesmo sofrendo bullying devido a uma deficiência física, escolhe ajudar Sara em um momento de extrema necessidade.

A história de Sara é marcada pela perda, pela perseguição e pela tentativa de escapar da violência imposta pela ocupação nazista. Em sua infância, ela leva uma vida relativamente tranquila ao lado dos pais, até que as leis anti-judaicas começam a afetar sua rotina, e ela se vê forçada a fugir para escapar da deportação.

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O filme é um spin-off de Extraordinário (2017)

Pássaro Branco estreia nos cinemas nesta quinta (7/11)
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Ao longo do filme, somos levados a entender como a compaixão e a coragem de Julien, um garoto que tem sua própria experiência de exclusão, assim como Auggie no primeiro filme, se tornam um ponto de apoio para a avó de Julian.

A trama, embora centralizada em Julian e na lição que ele aprende com sua avó, é, na verdade, mais sobre a capacidade de mudar, refletir e crescer a partir dos próprios erros.

O elenco jovem, composto por Ariella Glaser e Orlando Schwerdt, entrega atuações delicadas e cheias de emoção. A conexão entre os dois personagens, Sara e Julien, é construída de forma cuidadosa.

A amizade que se transforma em uma história de amor é retratada de maneira bem simples, sem pressa ou exageros e sem a “forçação de barra” de um romance adolescente, o que é interessante para o contexto do filme.

O roteiro também se destaca ao retratar o período da ocupação nazista de uma forma mais acessível e de fácil compreensão, especialmente para um público mais jovem. Apesar de tocar em um tema pesado, o filme se desenvolve de maneira leve e emociona na medida, o que não te faz sair do cinema aos prantos.

Pássaro Branco é um filme que vale a pena assistir nos cinemas, principalmente para os adolescentes em período escolar, que podem se identificar com as lições sobre o bullying, a exclusão e a importância de se colocar no lugar do outro.

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