Operação faz bloqueio em massa de celulares usados em golpes digitais

São Paulo — Uma nova fase da Operação CyberConnect, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Civil de São Paulo, promoveu o bloqueio em massa dos IMEIs de celulares usados por criminosos em fraudes eletrônicas milionárias. Uma única vítima da quadrilha perdeu R$ 1,5 milhão em um dos golpes cibernéticos.

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Polícia Civil de SP realiza fase 3 da Operação CyberConnect contra crimes cibernéticos

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Cerca de 400 policiais cumprem, nesta manhã, 103 mandados de busca e apreensão em 21 cidades paulistas, incluindo a capital, Grande São Paulo, interior e litoral. Uma cidade de Mato Grosso também foi alvo de mandado. Até as 10h, 19 pessoas tinham sido presas.

Para o andamento da ação, 132 IMEIs, ou códigos para identificação de aparelhos celulares, foram bloqueados, uma iniciativa inédita da política. Os crimes praticados com esses celulares ocorreram entre 1º de julho e 30 de setembro deste ano na região de Fernandópolis.

Uma das vítimas é uma médica de São José de Rio Preto, no interior do estado. Ela teve um prejuízo de R$ 1,5 milhão ao cair no golpe da falsa central telefônica.

Segundo o delegado Everson Contelli, titular da Seccional de Fernandópolis, a inteligência policial identificou que todos os aparelhos têm
cadastros falsos, o que constitui um comportamento abusivo. “Muitos desses celulares serão apreendidos e, caso o proprietário pretenda o desbloqueio do aparelho que permanecer em sua posse, deverá comparecer a uma das delegacias da região de Fernandópolis”, explicou.

Contelli afirmou que um único aparelho é utilizado com centenas de chips. Segundo as investigações, existem aparelhos de todas as marcas, com um valor médio de R$ 2 mil, o que pode representar um prejuízo ao crime organizado de R$ 264 mil. O delegado explicou que, posteriormente, os aparelhos poderão auxiliar no ressarcimento das vítimas.

A Operação CyberConnect é coordenada pelo Deinter 5 e Demacro, montada com vistas a combater a criminalidade cibernética. “Ações firmes de repressão são fundamentais, é verdade, mas é importante também que internautas e operadores de sistemas digitais tenham consciência dos riscos do ambiente digital, redobrando ações e cuidados”, afirmou Contelli.

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