Desafio Ponte de Macarrão põe estruturas desenvolvidas por acadêmicos da UNIFEBE à prova

A tradicional competição do Desafio Ponte de Macarrão, realizada no auditório do Bloco C da UNIFEBE, reuniu equipes formadas pelos acadêmicos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Engenharia de Produção. O recorde atingido no semestre foi de 27 quilogramas, dois a menos que o recorde mantido na instituição desde 2021, quando a estrutura suportou 29 quilogramas.

Para competir, os acadêmicos precisaram desenvolver o seu modelo de ponte capaz de vencer um vão livre de um metro, com a limitação de 50 centímetros de altura e 20 de largura. Ela deveria ser indivisível e feita de massa espaguete número 7, colas epóxi e resina. O peso máximo de cada uma foi estabelecido em um quilograma.

O professor Andrei Buse acompanhou as atividades e salienta que o objetivo da prova não se resume, apenas, em demonstrar a resistência da estrutura, mas apresentar desafios recorrentes na atividade profissional da engenharia. Ele destaca a capacidade de trabalho em equipe, a execução do projeto em prazos curtos e seguindo especificações, além de saber lidar com imprevistos, como condições climáticas e qualidade do material abaixo do esperado.

“Em síntese, é um preâmbulo, em meio acadêmico, daquilo que o engenheiro irá encontrar no seu cotidiano. Neste semestre, ficamos muito felizes com a qualidade dos projetos apresentados e com os resultados obtidos. Quase conseguimos bater o recorde de 29,95 quilogramas, alcançado logo após a pandemia. As equipes estão de parabéns pelo empenho e pela habilidade no contorno dos problemas encontrados na sua execução”, destaca.

Além de professores e coordenadores dos cursos, a atividade foi acompanhada pelo pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, que destacou a oportunidade de troca de experiências e conhecimentos entre os acadêmicos participantes. “Esta programação já é tradicional na nossa instituição e uma forma dos acadêmicos testarem, de maneira prática, os conhecimentos, teoria e capacidades desenvolvidas durante os diferentes cursos participantes. Nele, o acadêmico de Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Engenharia Química ou Engenharia de Produção pode buscar e pôr em prática a melhor solução para o problema proposto, além de aprender com o trabalho e experiências dos colegas”, descreve.

Próximo do recorde

Na disputa entre as equipes de Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica, a equipe Engenheiros da Massa atingiu o recorde do semestre, com 27 quilogramas. Entre os competidores da noite, a estrutura da Macarrõnte, suportou 17 quilogramas; já a Equipe Falcão elaborou uma estrutura capaz de suportar cinco quilogramas. Massbridge e a Equipe Sem Nome elaboraram estruturas com capacidade de dois quilogramas, cada.

O recorde do semestre também ficou próximo dos integrantes da equipe Engenheiros de Espaguete, que suportou 26 quilogramas na disputa, reunindo os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Química. Entre os cursos, a segunda colocada ficou a ponte da equipe Desestrutura, que suportou quatro quilogramas. Apesar do resultado, ela acabou penalizada por superar o limite de massa estabelecido.

Situação semelhante ocorreu com a ponte da equipe Mão na Massa, também penalizada durante a pesagem, mas que suportou 3 quilogramas. Macarrounada não suportou a carga mínima estabelecida e Build a Bridge quebrou durante a checagem.
O acadêmico de Engenharia Mecânica, Gabriel Schimidt, ficou surpreso com a atividade realizada nas fases iniciais do curso. Ele reconhece que os números atingidos ainda são abaixo dos alcançados por outras instituições, mas reforça a busca por melhorias dos participantes a cada nova edição.

Segundo ele, a atenção aos detalhes no momento da execução do projeto é fundamental para a evolução. Exemplifica com o fato de o grupo ter optado por armazenar a ponte em um local ventilado, para evitar a umidade no macarrão. Apesar da tentativa, a estrutura acabou ressecando e as trincas exigiram reparos com cola.

“Para iniciar o projeto, realizamos diversas pesquisas e acabamos escolhendo o formato de arco para nossa ponte de macarrão, devido à grande amostragem de um bom desempenho apresentado”, detalha. “O fato de realizarmos os cálculos e aplicarmos isso para um projeto real nos proporcionou ter conhecimento referente a cada etapa, desde a concepção, desenvolvimento e, por fim, a execução. Um detalhe bastante importante é que, independentemente de o projeto ser excelente, caso a última etapa não seja, todo o projeto ruirá”, alerta o acadêmico.

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