Definido palco de Atlético-MG x Botafogo antes da decisão

O palco do último confronto entre Atlético-MG e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro está definido. Com a interdição da Arena MRV, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o jogo será realizado no estádio Independência, na quarta-feira, às 21h30, sem a presença de público.

A decisão foi tomada devido aos incidentes na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo. A partida será uma espécie de ensaio antes da final da Libertadores da América, que será decidida entre os clubes brasileiros, no dia 30 de novembro, na Argentina.

O clima de tensão na partida que consagrou o Flamengo como campeão da Copa do Brasil foi marcado por atos de violência na Arena MRV. Torcedores atleticanos lançaram bombas e outros objetos ao campo e tentaram invadir o gramado durante a comemoração do rival. Por conta disso, o Atlético-MG foi punido e precisará mandar seus jogos em outro estádio, sem torcida, até que resolva as questões de segurança exigidas pelo STJD.

A interdição da Arena MRV segue em vigor até que o clube comprove ter implementado melhorias estruturais, administrativas e logísticas. Segundo o STJD, essas medidas são indispensáveis para garantir a segurança nos eventos esportivos. A decisão também prevê que, enquanto durar a suspensão, os jogos do Atlético-MG deverão ocorrer em praças esportivas alternativas e com portões fechados.

Além da interdição, o clube pode sofrer sanções ainda mais pesadas. O Atlético-MG será julgado com base nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que preveem multa de até R$ 100 mil, interdição do estádio e outras punições pela falta de segurança e pela desordem registrada. Pelo Regulamento Geral de Competições, o clube terá que mandar seus jogos a pelo menos 100 km de distância da Arena MRV, caso perca o mando.

Em resposta à decisão, o Atlético-MG anunciou que já identificou torcedores envolvidos na confusão e que vai recorrer. Em nota oficial, o clube informou que pedirá reconsideração ao STJD, argumentando que não teve direito de defesa e que já está tomando medidas para reforçar a segurança no estádio.

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