“Muito fraca”, diz Lira sobre carta de desculpas do Carrefour

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira (26/11) que a carta do Carrefour com pedido de desculpas por ter criticado a carne  brasileira e do Mercosul como um todo, é “muito fraca”. Para o alagoano, a carta não ameniza o “estrago de imagem que produziu”.

“Não obstante, no meu ponto de vista, a carta foi muito fraca dado o estrago de imagem que produziu”, disse Lira depois de participar de uma reunião da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) do Congresso.

Na avaliação do presidente da Câmara, é preciso avançar com o projeto de “reciprocidade econômica” para dar uma resposta ao episódio. Como mostrou o Metrópoles, o texto em questão é o do Projeto de Lei (PL) nº 1.406/2024, que propõe que o governo brasileiro só deve assinar novos acordos comerciais com países signatários com cláusulas ambientais semelhantes.

O plano acordado na reunião da FPA é o que o texto seja votado o mais rápido possível pelo plenário da Câmara. A urgência para que o projeto não precise passar por outras comissões, deve ser votado ainda nesta terça. O relator da proposta será o deputado Zé Vitor (PL-MG).

Lira: protecionismo francês é “burro”

Durante a reunião da FPA, o presidente da Câmara chamou o protecionismo que faz críticas a outros países de “burro”. E que o mais certo a se fazer é combater a “desinformação” que criticas aos produtos brasileiros.

Lira também disse que a França não é “um parceiro atraente” para o Brasil.

“A coisa mais correta nesse momento é combater a desinformação que deve ser crescendo por parte desse protecionismo que é burro. Porque no que diz respeito as nossas comodities principais, a França não é um parceiro atraente para o Brasil . Não vai modificar em nada a vida dos produtores das exportações brasileiras. Qualquer falta de vontade dos franceses em contato com o produto brasileiro”, declarou.

Sugeriu convocar o ministro Mauro Vieira

Na sua fala com deputados da FPA, o presidente da Câmara sugeriu que uma das ações que podem ser adotadas depois do episódio envolvendo o Carrefour é a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.

“Inclusive, eu penso que nós não podemos convocar o embaixador francês, mas nós podemos convocar o ministro do Itamaraty para dizer que tipo de tratativas eles estão tendo com a França , de país para país, para que as empresas francesas tenham responsabilidade”, declarou Lira.

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