Phoenix se entrega aos braços do Brasil em show enérgico no Lollapalooza

O Phoenix teve a difícil missão de antecipar os headliners do último dia de Lollapalooza Brasil (24). A banda francesa cantou antes de Sam Smith e SZA neste domingo (25), e não deixou a desejar.

Com um setlist diverso, montado em comum acordo entre os integrantes, eles levantaram a bola para SZA cortar. A plateia não estava tão cheia quanto em outros shows, visto que Sam Smith se preparava para subir no palco ao lado e o mexicano Omar Apollo, novidade no festival, se apresentava no mesmo horário que os roqueiros indie.

“A gente sempre brigou para criar um setlist desses”, brincou Christian Mazzalai, guitarrista da banda, em conversa com a Billboard Brasil. “Nesse foi diferente. Todo mundo concordou na hora”. Músicas favoritas dos fãs, como “Lisztomania” (que abriu o show, por sinal) e “Lasso” compuseram o retorno da banda ao Lollapalooza. Eles se apresentaram no festival há dez anos e essa é a sexta vez que voltam ao Brasil.

Animada como sempre, a banda trouxe um show limpo. A voz de Thomas Mars, vocalista do Phoenix, parece não ter envelhecido um dia desde a última passagem deles pelo Autódromo de Interlagos. “Parece que voltei para 2013”, gritou uma fã ao meu lado na plateia. O clima de nostalgia colaborou para o sucesso da apresentação.

“Estivemos em turnê na América do Sul e esse é o último show da turnê. Eu queria agradecer por serem tantos. Não esperava ver tantas pessoas. Faz dez anos que a gente tocou aqui, e vocês ainda estão aqui”, disse um encantado vocalista. Os gritos na frente do palco eram poderosos, apesar dos espaços vazios no fundo do show.

Eles foram preenchidos também, não se engane. Mas pelo som dançante dos caras em cima do palco. Até os fãs com camisetas de SZA e Sam Smith não conseguiram ficar parados. Eu mesma escrevi esse texto entre um passinho e outro.

Um dos pontos altos foi em “Trying to Be Cool”. As cores da bandeira LGBTQIA+ tomaram conta do palco, enquanto Thomas usava um binóculos mirado para o público. As imagens da plateia tomaram conta do telão, causando uma catarse.

Ela se intensificou quando o francês se livrou do moletom e desceu para interagir com os fãs. “Obrigada por ficarem”. Ele não parou por ali não. Thomas, literalmente, se jogou nos braços dos brasileiros e protagonizou um dos momentos mais bonitos do festival até agora.

Relação com o Brasil

O Phoenix esteve por aqui em 2018, quando fizeram parte da programação do Planeta Atlântida. Depois de baterem o ponto dos shows, eles alugaram uma casa com vista para o mar e começaram a compor o que viria ser o disco “Ti Amo”.

A conexão com o Brasil foi além, como contou Christian. “Thomas assistiu um documentário sobre Elis Regina e Tom Jobim e ficou encantado”, disse. “Quem sabe eu cante em português em algum momento”, complementou Thomas que, além do inglês, já se aventurou no italiano e francês, seu idioma oficial.

“A gente também curte o Gilberto Gil. Ele é muito famoso na França”, falou o guitarrista sobre o brasileiro que se apresentou antes deles.

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