Sam Smith entrega tudo no Lollapalooza Brasil com a melhor versão de si

Anitta parece ter escolhido certo ao chamar Sam Smith para seu novo álbum, “Funk Generation”, pois o cantor londrino é muito querido pelos brasileiros e soube retribuir todo esse amor no seu show no Lollapalooza Brasil na noite deste domingo (24).

Num dia onde o festival não recebeu um grande público, ele conseguiu reunir quem estava lá, no palco secundário, se aglomerando em todos os metros quadrados sem lama no Autódromo de Interlagos —não eram muitos, mas era o que restava.

Mesmo quem chegou um pouco mais tarde tentou “guardar um espaço” para ver sensação da musica global e, tirando uma certa romaria para a apresentação de MC Livinho no palco Jerry’s By Johnnie Walker, muita gente buscou se acomodar em algum lugar próximo ao palco principal.

O esforço se pagou. Sem deixar o melhor para depois, o cantor começou sua apresentação com “Stay With Me” e “I’m The Only One”, seus dois maiores sucessos, que constam no seu álbum de estreia, “In The Lonely Hour”, de 2014.

A estratégia —replicada dos outros shows da turnê de Sam Smith pela América Latina— parece ter sido ideal para este domingo no Lolla. Isso porque boa parte dos shows do evento pareciam apenas apresentações de abertura para SZA.

É interessante notar como muita coisa mudou com Sam Smith de 2019 para cá, mas nem tudo é diferente. O cantor se assumiu nao-binário em setembro de 2019, tendo se apresentado no Brasil naquele mesmo ano, mas em março.

Visivelmente emocionado (e boa parte do público não ficou pra trás quando assunto é choro), ele reforçou que a apresentação no Brasil era especial e que seu show tinha um único propósito: uma ode à liberdade.

“Não acredito que faz cinco anos que não venho ao Brasil. E digo do fundo do coração muito obrigado por seguir comigo e por acreditar na minha música depois de tudo o que aconteceu nas nossas vidas. Esse show é sobre uma coisa, é sobre liberdade. É sobre vestir o que você quiser, sobre cantar o que você quer cantar e sobre ser o que você quiser”, disse Sam em cima do palco, sob os aplausos da plateia.

O show foi dividido entre as facetas de Sam. O início, como citado, foi focado nos singles iniciais de sua carreira, que têm uma pegada mais lenta, baladeira. Na sequência, ele se apoiou nos sucessos dos discos mais recentes, “Love Goes” e “Gloria”, que dá nome a essa turnê do britânico, promovendo um bailão em Interlagos. Teve muita dança, muita luz e muita voz de Sam Smith —muita mesmo.

Antes de colocar o público pra dançar com “Gimme”, ele trocou de roupa, colocou um colete combinado com boné. Os bailarinos, soltinhos que só chegara,m até a protagonizar um beijo. Para complementar a receita, Sam convidou Jessie Reyez ao palco. Ela já havia se apresentado no festival no dia anterior.

No bloco final, vestido com a camisa da Seleção Brasileiro e depois voltando para um vestido preto, o inglês transformou o Autódromo de Interlagos numa grande balada e fez o público vibrar com sons como “Latch” e o hit “Unholy”, que fechou a apresentação.

Sam Smith tem uma queda pelo público brasileiro, isso é inegável e o próprio cantor explicou que os motivos se misturam entre a energia musical e as coincidências da vida pessoal. Num Lollapalooza escasso de shows fora da curva, o cantor conseguiu encantar.

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