Presidente da Mancha está em SP, mas não vai se entregar, diz advogado

São Paulo — O advogado da torcida organizada do Palmeiras Mancha Alvi Verde, Gilberto Quintanilha, disse nesta terça-feira (3/12) que o presidente e o vice presidente da torcida, Jorge Luiz Sampaio Santos e Felipe Matos dos Santos, estão em São Paulo, mas ainda não se entregaram porque a defesa não teve acesso ao processo, que corre em segredo de Justiça.

“Aguardando para que eles possam ser acusados formalmente para que a gente possa tomar alguma decisão. Nós não tivemos acesso”, afirmou Quintanilha.

“Eles continuam aqui em São Paulo e estão em contato com a gente. Eles vão se entregar quando a gente achar que existe a necessidade”, acrescentou o advogado (assista abaixo).

Além do presidente e do vice da Mancha Verde, outras três pessoas são consideradas foragidas.

Operação policial

Nesta terça-feira (3/12), policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumprem 13 mandados de prisão contra novos alvos. Até o início da tarde, 10 haviam sido cumpridos (foto de destaque).

Entre os alvos está Luiz Ferretti Junior, que também atuava como advogado da Mancha Verde. Quintanilha disse que não trabalhava com Ferretti e não soube explicar o motivo da prisão.

“O advogado da torcida foi preso porque estava trabalhando. Ele teria estado no local dos fatos, foi chamado por algum integrante bem antes do acontecido e acabou sendo preso”, disse.

Ferretti chegou na delegacia em uma viatura da Polícia Civil algemado e de terno.

Os presos devem passarão por audiência de custódia no Fórum da Barra Funda.

Como foi a emboscada

A emboscada contra os cruzeirenses aconteceu por volta das 5h do dia 27 de outubro, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã. Na ocasião, membros da Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Durante o ataque, um homem foi morto carbonizado e 17 ficaram feridos.

13 imagens

Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses

O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)
Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0
O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas
Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas
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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses

Material cedido ao Metrópoles

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O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)

Material cedido ao Metrópoles

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Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0

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O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas

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Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas

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Em um vídeo, um torcedor do Palmeiras pisou na cara de um cruzeirense

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As vítimas foram hostilizadas e humilhadas

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Autoridades começaram a investigar o ataque

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A torcida da Máfia Azul foi alvo do ataque

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Os agressores dispararam uma chuva de rojões para emboscar as vítimas

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Um dos ônibus pegou fogo

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O trânsito na rodovia foi interrompido

Material cedido ao Metrópoles

Em um dos vídeos do ataque, é possível ouvir um homem falando “É a Mancha, car****. Aqui é a Mancha, por**”, fazendo referência à torcida organizada.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Com a aproximação das equipes da PRF e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.

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