Em jantar, Lula quebra silêncio sobre prisões do caso Marielle

Publicamente em silêncio sobre o assunto, o presidente Lula comentou sobre a prisão de três suspeitos de serem os mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) durante um jantar com deputadas e senadoras nessa segunda-feira (25/3) no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Segundo relatos, Lula demonstrou indignação com as descobertas sobre os mandantes, sobretudo por serem servidores públicos. O petista também exaltou o trabalho da Polícia Federal, mas ponderou que não há o que comemorar e que, por isso, manterá posição discreta sobre o tema.

Conforme apontou a PF, o assassinato teria sido encomedado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ). O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, também teria tido participação.

Os três foram presos preventivamente no domingo por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. No caso de Chiquinho Brazão, a prisão terá de ser validada por maioria absoluta dos integrantes da Câmara dos Deputados, conforme prevê a Constituição Federal.

Anielle estava presente

Irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou do jantar de Lula com a bancada feminina. Segundo relatos, Anielle fez um rápido discurso no encontro, ressaltando que a família ficou em choque sobretudo com o envolvimento de Rivaldo no crime.

Ainda no jantar, deputadas e senadoras pediram a Lula apoio para aumentar a participação feminina na política e para combater a violência política. Também foi pedido ajuda do governo para garantir a aplicação da lei da igualdade salarial entre homens e mulheres.

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