Ciclone Chido devasta ilha francesa na África

No fim de semana, o ciclone Chido causou destruição e provocou mortes em uma ilha francesa na África, conhecida como Mayotte. Além da ilha central, o arquipélago localizado entre Moçambique e Madagascar, no Oceano Índico, foi atingido por rajadas de vento superiores a 220 km/h, durante a passagem do ciclone de categoria 4.  

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Segundo o instituto de meteorologia da França, o ciclone Chido foi o mais intenso a atingir a região na África nos últimos 90 anos, desde os anos 1930. As autoridades já confirmaram oficialmente 20 mortes, mas o número de vítimas deve aumentar conforme as equipes de resgate trabalham.

 

Na região, o impacto do ciclone causou a destruição de casas, hospitais e escolas, além de árvores que foram arrancadas do solo. O fornecimento de energia e de água potável foi interrompido em muitas áreas do arquipélago francês. Aqui, vale lembrar que a água da chuva nem sempre é potável.    


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Não há água, não há eletricidade. A fome está começando a aumentar. É urgente que a ajuda chegue”, afirmou Salama Ramia, senadora de Mayotte, segundo a agência de notícias AP.

Nesta segunda-feira (16), a França enviou equipes de resgate, através de navios e aeronaves militares, com suprimentos para os atingidos pelo ciclone Chido. Para além de Mayotte, uma região mais ao norte de Moçambique também sofreu danos.

Impacto do ciclone Chido em Mayotte

Apesar das 20 vítimas iniciais do ciclone Chido, as autoridades estimam que o número real é maior. “Certamente serão várias centenas, talvez cheguemos a mil, até muitos milhares”, afirmou François-Xavier Bieuville, da prefeitura de Mayotte, para o canal La 1ére.

Oficialmente, o arquipélago é habitado por 320 mil pessoas, mas esta contagem desconsidera aqueles que moram por ali de forma “irregular”, sem documentos. A população fora do radar pode chegar a 100 mil. Inclusive, estes indivíduos não buscaram ajuda em abrigos antes da passagem do ciclone por medo da deportação

Destruição causada por ciclones

No sudeste do Oceano Índico e no sul da África, a temporada de ciclones está apenas começando — vai de dezembro até março do ano seguinte. Então, outros fenômenos semelhantes ou menos intensos que Chido podem ser esperados nos próximos meses. O mais recente alcançou a categoria 4, quando o máximo é 5. Entretanto, especialistas já sugerem a criação do nível 6 devido aos eventos cada vez mais intensos.

Na história recente, alguns ciclones causaram um elevado número de mortes. Entre eles, está o ciclone Idai, responsável pelo óbito de 1,3 mil  pessoas em Moçambique, Malawi e Zimbábue, no ano de 2019. No ano passado, o ciclone Freddy causou mais de mil vítimas em vários países da região.

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