Crocodilo Henry: réptil tem mais de 10 mil filhos completa 124 anos

O crocodilo conhecido mais velho do mundo — de nome Henrycomemorou seu 124º aniversário na última segunda-feira (16) no centro de conservação onde mora, na África do Sul. Ele é um crocodilo-do-nilo (Crocodylus niloticus), capturado originalmente no delta do rio Okavango, em Botswana, em 1903.

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Henry vive no Centro de Conservação Crocworld, na cidade sul-africana de Scottburgh, desde 1985. Segundo a instituição, nos seus 40 anos no local, o macho já teve 10.000 filhotes com diversas parceiras diferentes, vivendo com seis delas atualmente. O aniversário verdadeiro do crocodilo é desconhecido, mas estima-se que seu nascimento foi em cerca de 1900, sendo celebrado em 16 de dezembro.

Crocodilo Henry e sua incrível idade

Basta olhar para o monumental réptil para concluir que ele é bem velho. Cientistas afirmam que 124 anos não é uma idade absurda para esses animais, e Henry, assim como seus colegas crocodilianos, possui uma longevidade comum à espécie.


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Animais menores costumam ter uma expectativa de vida também menor devido ao seu metabolismo mais acelerado, queimando mais energia e envelhecendo mais rápido.

Répteis com o mesmo tamanho de um mamífero, no entanto, costumam viver mais — seu “sangue frio”, ou ectotermia, permite que conservem energia ao usar fontes externas de calor para regular a temperatura corporal. Um crocodilo do tamanho de um ser humano só precisa comer cerca de 4% do que nós, como mamíferos, precisamos comer.

E assim como outros répteis, os crocodilos continuam crescendo por toda a vida. Henry pesa 700 kg e tem 5 metros de comprimento, sendo grande até para a espécie — o tamanho ajuda a escapar de predadores na velhice. No caso do recordista, a vida em cativeiro também ajudou a evitar acidentes e doenças, além de garantir boa alimentação.

Ao contrário de outros vertebrados, répteis também não mostram sinais de comprometimento fisiológico por conta da idade — em outras palavras, não ficam senis. Nos crocodilos-do-nilo, especificamente, há teorias de que proteínas em seu sangue tenham propriedades antibacterianos, combatendo infecções e doenças com mais eficiência.

Seu microbioma também favorece o sistema imunológico. É difícil estudar a longevidade da espécie já que seria preciso capturar um espécime na infância — e eles costumam viver mais do que a carreira dos cientistas que os estudam.

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