Após bater em R$ 6,30, dólar recua com leilões do Banco Central

O mercado de câmbio vive uma montanha-russa nesta quinta-feira (19/12). Depois de atingir um recorde histórico de R$ 6,30, a cotação do dólar desabou para R$ 6,17, com queda de 1,55%, por volta das 11h30. O recuo ocorreu depois da realização de um novo leilão no mercado à vista de câmbio, promovido pelo Banco Central (BC).

Pela manhã, na primeira intervenção, o BC ofereceu US$ 3 bilhões. Mas o impacto do despejo de dólares foi pequeno. A seguir, foi anunciada uma nova intervenção de US$ 5 bilhões, a maior venda no mercado à vista desde 1999. Havia a possibilidade de ocorrência de uma terceira ação desse tipo, com no mínimo US$ 1 bilhão.

A oferta ao mercado de US$ 3 bilhões feita nesta quinta-feira foi a quinta intervenção do BC no mercado de câmbio à vista em menos de uma semana, num total de aproximadamente US$ 5,7 bilhões – isso sem contar as outras duas anunciadas para esta quinta-feira (19/12).

Na terça-feira (17/2), ocorreram dois leilões, com a oferta de cerca de US$ 3,3 bilhões. Na segunda feira (16/12), o montante havia sido de US$ 1,623 bilhão e na última sexta-feira (13/3), ele atingiu US$ 845 milhões.

Como funcionam os leilões

Os leilões de dólar são operações usadas pelo BC para garantir liquidez ao mercado de câmbio em momentos de alta da moeda americana. Os dólares são oferecidos diretamente às instituições financeiras, como bancos e corretoras (num total de 13, no jargão “dealers de câmbio”), que operam no mercado primário. São essas instituições que repassam a moeda americana para o mercado secundário.

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