Caso Gritzbach: diretor do Deic citado por delator do PCC é afastado

São Paulo — O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, será afastado do cargo após voltar de férias em janeiro. Ele teria sido citado na delação de Vinícius Gritzbach sobre extorsões realizadas por policiais civis para interferir no inquérito sobre a morte do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021.

Caipira chefiava o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na época em que teve início a investigação. Na última terça-feira (17/12), uma operação da Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo prendeu sete policiais civis envolvidos no inquérito, que era conduzido pela 3ª Divisão de Homicídios do DHPP. Entre eles, o delegado Fabio Baena. O investigador Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, segue foragido.

Vinícius Gritzbach foi executado com tiros de fuzil em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região metropolitana.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho

Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho

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Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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De acordo com a delação do corretor de imóveis, um advogado teria se apresentado como uma pessoa com interlocução com o chefe do Deic e dito que, se ele efetuasse o pagamento de R$ 5 milhões em propina, seu passaporte seria devolvido. O delator teria transferido o valor por meio de dois apartamentos e mais R$ 300 mil em transferências.

Para a força-tarefa que investiga a morte de Gritzbach, ele teria sido enganado pelo advogado. A suspeita é que o advogado não tivesse relação com Caipira e fez a promessa apenas para extorqui-lo.

Uma autoridade ligada à investigação do caso disse à reportagem que o afastamento do diretor do Deic é “preventivo”.

Em nota, Caipira afirmou que Gritzbach não obteve nenhuma vantagem e continuou com bens e o passaporte bloqueados.

“O empresário faltou com a verdade para obter vantagens em seu acordo de delação premiada, ou foi enganado pelo mencionado advogado. De acordo com o policial, os imóveis que o delator diz ter sido usado para pagar a suposta propina estão em nome do próprio advogado Ramses e da filha dele, e que na investigação feita pelo Deic, Antônio Vinícius nao teve nenhuma vantagem: ele foi indiciado, teve a prisão pedida e bens bloqueados e continuou com o passaporte apreendido”, afirma Caipira.

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