Diretor do Deic associa afastamento a “incômodo” de Tarcísio

São Paulo — O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fabio Pinheiro Lopes, conhecido como Fabio Caipira, disse nesta sexta-feira (20/12) que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu por seu afastamento por estar “incomodado” com a pressão sobre a Polícia Militar em relação a episódios de violência e a prisão de policiais civis na última terça-feira (17/12).

O afastamento, que deve ocorrer em 3 de janeiro, quando Fabio Caipira voltar de férias, foi definido com base na delação de Vinícius Gritzbach ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). No depoimento, ele disse que um advogado teria cobrado R$ 5 milhões para livrá-lo da investigação sobre a morte de Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em entrevista coletiva, Caipira disse que conversou com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, após a decisão do afastamento. Segundo o diretor do Deic, Derrite sabe de sua inocência.

“O Derrite sabe que eu não estou envolvido no caso. O secretário disse que isso era a maior absurdo, maior injustiça do mundo, mas o governador, por cautela, parece que também iria afastar a corregedora, achou melhor afastar junto. Só que eu tenho uma história, eu tenho família. O cara vai me jogar num negócio desse? Eu não culpo o governador. Mas, infelizmente, um absurdo acabou virando notícia. Estou puto, me sentindo injustiçado”, afirmou Caipira na Adpesp.

“Infelizmente isso tomou um vulto pela imprensa. O governador tem a postura dele de governo. Ele está incomodado pelos fatos recentes que aconteceram com a PM, com a operação da Polícia Federal. Ele achou por bem que eu fosse afastado”, acrescentou.

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