PM que arremessou homem de ponte em SP responderá na justiça comum

São Paulo — O soldado da Polícia Militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira, que arremessou um homem de uma ponte durante uma abordagem, responderá por tentativa de homicídio na justiça comum. A decisão do Tribunal de Justiça Militar atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

O PM está preso no Presídio Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, desde o dia 5 deste mês. Ele foi indiciado junto com outros seis policiais que participaram da ação, estes suspeitos de lesão corporal, peculato culposo e prevaricação.

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O caso ganhou grande repercussão midiática

O soldado Luan Felipe Alves Pereira já havia sido preso e agora foi indiciado
Outros seis policiais foram indiciados: um por lesão corporal, um por peculato culposo e quatro por prevaricação
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PM jogou homem de ponte no bairro Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo

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O caso ganhou grande repercussão midiática

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O soldado Luan Felipe Alves Pereira já havia sido preso e agora foi indiciado

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Outros seis policiais foram indiciados: um por lesão corporal, um por peculato culposo e quatro por prevaricação

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Durante a abordagem, os PMs estavam com câmeras corporais, o que ajudou a equipe de investigação a entender a dinâmica do caso.

Ação da PM

No relatório interno da Polícia Militar sobre a ocorrência, os agentes omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte. Os policiais dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk. Segundo eles, o fluxo se dispersou com a presença dos PMs.

Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem a ocorrência do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo relato feito pelos policiais militares, o registro teria sido “dispensado”. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), no entanto, diz que a ocorrência não foi apresentada à Polícia Civil.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar ficar ciente de um vídeo feito com celular — no qual um soldado da Ronda com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte — é que o caso acabou sendo formalizado e o inquérito foi instaurado pela corporação.

Após a repercussão, um inquérito também foi instaurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª Seccional.

“Preleção” antes de depoimento

Como revelado pelo Metrópoles, os policiais envolvidos no caso relataram a dinâmica da ocorrência a advogados durante breve reunião em frente à Corregedoria da PM. Parte da conversa foi registrada em vídeo pela reportagem (assista abaixo).

Nas imagens, é possível ver quatro PMs e três advogados na calçada. Um dos agentes, que aparece de costas, é quem descreve com mais detalhes a perseguição que terminou com o rapaz sendo arremessado da ponte por um PM.

Rapaz jogado de ponte

O rapaz arremessado da ponte, identificado como Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, sobreviveu à violência. Segundo testemunhas, saiu andando do local, apesar de estar muito machucado.

Em depoimento à Polícia Civil, Marcelo afirmou que o soldado Luan o agrediu com cassetete na cabeça e lhe deu um ultimato. “Você tem duas opções: você pula da ponte ou jogo você e sua motocicleta daqui”, teria dito o PM ao manobrista.

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