Químicos eternos: pulseiras de smartwatch podem contaminar a pele, aponta estudo

Um estudo realizado pela revista científica norte-americana Environmental Science & Technology Letters mostra que vários smartwatches e smartbands comercializado em todo o mundo tem uma concentração alta de produtos químicos eternos — ou FPAS. De forma resumida, esses químicos recebem esse nome justamente por serem resistentes ao tempo e a deterioração e podem ser altamente nocivos à saúde. 

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A pesquisa analisou diversos relógios inteligentes, de várias categorias e faixas de preço, mas o denominador comum entre eles foi o material utilizado na pulseira, o fluroelastômero — a famosa pulseira de silicone que acompanha a maioria dos vestíveis comercializados atualmente. 

Segundo os pesquisadores, uma alta taxa de ácido perfluorohexanoico (PFHxA) foi encontrada em 22 pulseiras de diferentes marcas analisadas. De acordo com eles, esse químico pode ser facilmente absorvido pela pele. Isso ainda pode ser potencialmente agravado pelo fato de essas pulseiras serem indicadas para a prática de atividades físicas, já que o suor pode facilitar a absorção dos elementos. 


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Os pesquisadores não revelaram em quais marcas de smartwatches foram encontrados os químicos eternos, mas destacaram que eles podem estar presentes em qualquer pulseira feita com fluoroelastômero. Este tipo de material é comumente usado por marcas populares, como Samsung, Apple, Amazfit, Huawei e Google.

Pulseiras feitas de fluoroelastômero pode conter uma alta concentração de químicos eternos (Imagem: Ivo Meneghel Jr/ Canaltech)

É importante destacar que, apesar de ser potencialmente prejudicial à saúde — os FPAS podem aumentar o risco de câncer, além de estar ligada a casos de colesterol alto — ainda há muito estudo a ser feito sobre o tema. De qualquer forma, se possível, é válido evitar o uso deste tipo de material. 

A maioria das fabricantes — como a própria Samsung e Apple — já oferecem pulseiras extras feitas com outros materiais, como Fabric Nylon, que também são indicadas para a prática esportiva e não oferecem riscos de contaminação por FPAS. 

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