Parlamentar do Estado Genocida de Israel ameaça o Brasil após investigação de soldado: “Pagará um preço”

Brasília – Um parlamentar israelense, Dan Illouz, fez duras críticas ao Brasil após a Justiça brasileira determinar a abertura de uma investigação contra um soldado de Israel acusado de crimes de guerra. Illouz, membro do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, publicou uma mensagem de ameaça no X (antigo Twitter) neste domingo (5), afirmando que o Brasil “pagará um preço” pela ação. O soldado, que estava de férias no Brasil, deixou o país antes do andamento das investigações.

Em seu post, Illouz chamou o Brasil de “Estado subordinado a terroristas” e criticou a decisão judicial de investigar o soldado israelense. O parlamentar afirmou que, em vez de investigar os supostos terroristas, o Brasil estaria perseguindo um “judeu que sobreviveu a um massacre brutal” e defendia seu povo. “Uma vergonha imperdoável”, escreveu Illouz, acrescentando que Israel não ficaria de braços cruzados diante da situação.

Críticas a Yair Lapid

Além disso, Illouz também atacou o líder da oposição israelense, Yair Lapid, que havia criticado o governo de Israel por permitir que um soldado da reserva saísse do país sem a devida autorização. O parlamentar de Israel acusou Lapid de atacar a vítima, em vez de enfrentar o agressor, e o chamou de uma vergonha nacional.

Investigação e a Denúncia

A Hind Rajab Foundation, uma organização internacional que monitora as ações de militares israelenses no exterior, foi a responsável pela denúncia contra o soldado. A acusação envolve a destruição de um prédio residencial na Faixa de Gaza, em novembro de 2023, alegadamente fora de uma situação de combate. O prédio, segundo a denúncia, servia como abrigo para palestinos deslocados pela guerra.

A fundação apresentou mais de 500 páginas de evidências, incluindo imagens e vídeos do soldado nas redes sociais. A denúncia foi aceita pela Justiça brasileira, que determinou a abertura de uma investigação, com base no compromisso do Brasil com tratados internacionais de direitos humanos, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma. Esses tratados exigem que o Brasil tome medidas contra crimes de guerra, mesmo quando cometidos fora de seu território.

Ação do Ministério das Relações Exteriores de Israel

Após a decisão da Justiça brasileira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel se posicionou, oferecendo apoio ao soldado e à sua família. Em um comunicado oficial, a pasta alertou sobre publicações nas redes sociais de militares israelenses que poderiam ser usadas contra eles por grupos anti-Israel, o que poderia resultar em ações legais infundadas.

O pai do soldado, em entrevista à emissora Channel 12, revelou que um amigo do filho recebeu um aviso de um escritório diplomático israelense sobre um mandado de prisão contra ele. “Pedi que escapassem imediatamente. Eles não podiam ficar mais nenhum segundo”, disse o pai, que soube da saída do filho do Brasil na manhã de domingo.

Entenda o caso: O que está por trás da investigação contra o soldado israelense

  • Acusações: O soldado israelense é acusado de destruir um prédio na Faixa de Gaza, usado por palestinos deslocados, em uma ação fora do contexto de combate.
  • Denúncia: A Hind Rajab Foundation é a responsável pela denúncia, trazendo evidências coletadas online.
  • Tratados internacionais: O Brasil é signatário de convenções internacionais que o obrigam a investigar crimes de guerra, mesmo que ocorram fora do país.
  • Reação israelense: O parlamentar Dan Illouz criticou fortemente a decisão da Justiça brasileira e ameaçou o país, enquanto o Ministério das Relações Exteriores de Israel ofereceu apoio ao soldado.

O post Parlamentar do Estado Genocida de Israel ameaça o Brasil após investigação de soldado: “Pagará um preço” apareceu primeiro em Diário Carioca.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.