Cientistas descobriram lugar ideal para procurar vida em Marte

Parece que cientistas descobriram mais um local promissor para a busca por vida em Marte. Em um novo estudo enviado para publicação na revista Astrobiology, pesquisadores analisaram ambientes na Terra que podem ser parecidos com os do Planeta Vermelho, e descobriram que vale a pena investigar as profundezas de uma planície marciana. 

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Não é de hoje que os cientistas se perguntam se Marte teria condições de abrigar formas de vida como conhecemos. O mistério ficou ainda mais intrigante com os rovers robóticos enviados para a superfície marciana, que identificaram flutuações sazonais de metano; mas, enquanto isso, os satélites que orbitam o planeta não revelaram sinais significativos da molécula.

Apesar de o metano ser um possível indicador de vida, o problema é que Marte não tem condições nem um pouco amigáveis para seres vivos. Assim, os cientistas decidiram procurar na Terra possíveis habitats para a vida marciana, caso exista. 


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As condições mais adequadas para formas de vida em Marte parecem existir a até 8 km sob a superfície (Imagem: NASA/JPL)

A ideia é que, em nosso planeta, a vida se expandiu e diversificou tanto que ocupa desde o topo da atmosfera a quilômetros sob a superfície. Além disso, os organismos descobriram várias formas de extrair energia do ambiente — os metanógenos, por exemplo, capturam o hidrogênio e liberam metano como produto. 

Esta característica os torna bons candidatos para sobreviver às condições em Marte. Assim, no novo estudo, a equipe procurou locais na Terra que fossem parecidos com os do planeta vizinho em busca de metanógenos sobrevivendo em condições como aquelas do Planeta Vermelho

No fim, eles chegaram a três categorias de habitats análogos: fraturas microscópicas na crosta da Terra, lagos de água doce sob geleiras ou calotas polares e bacias de água salgada e sem oxigênio encontradas nas profundezas dos oceanos. Após mapear variações de temperatura, salinidade, acidez e analisar as espécies que sobrevivem em condições parecidas com as Marte, eles descobriram que os microrganismos das famílias Methanosarcinaceae e Methanomicrobiaceae são os mais flexíveis. 

Depois, eles examinaram os dados disponíveis sobre Marte. Considerando que a água líquida é essencial para os seres vivos (até para os metanógenos) e levando em conta as evidências de lagos subglaciais e encostas úmidas em crateras, o ideal para seres vivos seria o ambiente sob a superfície. 

A equipe destacou Acidalia Planitia, uma grande planície no hemisfério norte de Marte. O local parece ter as melhores condições possíveis, mas as temperaturas por lá são suficientes para manter a água no estado líquido somente de 4 km a 8 km de profundidade. Mesmo assim, a região parece ter temperaturas, salinidade, pH e hidrogênio correspondentes àqueles do ambiente dos metanógenos na Terra.

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