Como combater o sedentarismo

 

A sociedade enfrenta um desafio crescente: o sedentarismo. Em um mundo onde a tecnologia facilita cada vez mais as tarefas diárias e seduz para o conforto, a prática regular de exercícios tornou-se uma batalha constante.

Segundo uma publicação recente da revista científica The Lancet, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo. Cerca de 880 milhões são adultos e 159 milhões são crianças, de acordo dados de 2022.

Conforme o biólogo Paulo Jubilut, professor na plataforma educacional Aprova Total, as populações de ancestrais humanos, denominadas caçadores-coletores, eram naturalmente ativos devido à necessidade de buscar alimentos para sobreviver.

“Embora esses antepassados não fossem atléticos o tempo todo, sua atividade física era motivada pela escassez de alimentos e pela sobrevivência, um instinto enraizado na evolução humana”, explica.

No entanto, a dinâmica mudou drasticamente. A era atual é marcada pelas comodidades que incentivam o corpo a permanecer parado. A disponibilidade de alimentos altamente calóricos, aliada ao estilo de vida cada vez mais sedentário, contribui para um cenário preocupante de saúde pública.

O sedentarismo está associado a uma série de doenças crônicas, que representam um risco significativo para a saúde e a longevidade.

Como estabelecer uma vida mais ativa?

Para os adultos que desejam adotar uma rotina de exercícios, o biólogo explica que encontrar uma atividade que traga prazer é fundamental. “Esportes competitivos, artes marciais e outras formas de atividade física podem ser opções atrativas”, aponta.

Outra tática é estabelecer a “rotina de cortisol”. Apesar de ser relacionado a algo ruim e estressante, é justamente esse hormônio que acorda o corpo pela manhã. O cortisol faz o metabolismo aumentar para ter energia durante o dia.

“Você pode caminhar ou se alongar por 10 minutos enquanto pega um sol. Não precisa fazer uma atividade muito intensa, é só o necessário para o seu corpo acordar. Ao liberar cortisol logo cedo, a disposição e a energia vão disparar”, reforça o professor.

Uma outra atividade simples, mas que também é poderosa, é a caminhada. “Após esse exercício, a atividade cerebral aumenta em áreas importantes para a atenção, a memória e o raciocínio. Além disso, ao avaliar a atividade cerebral das pessoas durante o repouso e durante uma caminhada por meio de exames de ressonância, é possível observar que a caminhada aumenta bastante os sinais elétricos entre os neurônios”, enfatiza Jubilut.

Fonte: Correio do Povo

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