INPC, índice de correção das aposentadorias, fecha 2024 em 4,77%

A alta acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para correção das aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2024 foi de 4,77%, 1,06 ponto percentual (p.p.) acima dos 3,71% registrados em 2023.

Os benefícios recebidos por aposentados do INSS que ganham um salário mínimo serão corrigidos a partir de 1º de fevereiro deste ano.

O dado foi divulgado nesta sexta-feira (10/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país. Esse índice fechou o ano em 4,83%, estourando o teto da meta.

Com isso, o reajuste para beneficiários do INSS será menor do que o aplicado para quem recebe o piso nacional, que aumentou 7,5% — o valor passou de R$ 1.412 para R$ 1.518.

Para reajuste do salário mínimo, a regra atual considera a variação do INPC acumulada nos 12 meses encerrados em novembro mais o percentual à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes — limitado a 2,5% ao ano.

O maior impacto no INPC do ano passado foi dos produtos alimentícios, que registraram alta de 7,60%, enquanto os não alimentícios variaram 3,88%. Em 2023, as variações foram, respectivamente, 0,33% e 4,83%.

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em São Luís (6,20%), capital do Maranhão, especialmente por conta das altas das carnes (15,10%) e da gasolina (14,24%). A menor variação ocorreu em Porto Alegre (3,63%), Rio Grande do Sul, cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da cebola (-42,47%) e do tomate (-38,58%).

INPC vai a 0,48% em dezembro

O resultado do ano foi fechado após o INPC registrar alta de 0,48% em dezembro, 0,15 p.p. acima do resultado de novembro (0,33%). Em dezembro de 2023, a taxa foi de 0,55%.

Os preços dos produtos alimentícios caíram de novembro (1,62%) para dezembro (1,12%). A variação dos itens não alimentícios passou de -0,08% em novembro para 0,27% em dezembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Salvador (0,84%), Bahia, influenciada pela alta das carnes (6,87%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (0,22%), Minas Gerais, por conta do recuo da batata-inglesa (-26,29%).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.