A cada 24 horas, nove pessoas são picadas por escorpiões no DF

A cada 24 horas, em média, nove pessoas foram picadas por escorpiões no Distrito Federal em 2024. Segundo a Secretaria de Saúde, a população deve estar atenta e buscar socorro o mais rápido possível em caso de incidente com animais peçonhentos.

No DF, houve aumento de 11,9% em ocorrências envolvendo animais peçonhentos, de 2023 para 2024. Desse total, mais de 3,4 mil casos foram causados por escorpiões.

Esse quadro se manteve na primeira semana epidemiológica de 2025. Entre 52 ocorrências notificadas, 85% estavam relacionadas a escorpiões.

A série histórica da letalidade no DF costuma estar abaixo ou igual à média nacional. Em 2024,  foi registrado um óbito entre residentes do DF. Aproximadamente 90% das ocorrências foram leves e 7,4% moderadas.

Rapidez

A diretora de Vigilância Epidemiológica, Juliane Malta, reforçou a importância de que os pacientes sejam atendidos o mais rápido possível.

“A letalidade por acidentes com escorpiões está diretamente relacionada ao tempo entre o acidente e o atendimento”, alertou.

Segundo a diretora, quanto mais rápido o paciente recebe suporte, menor é risco de complicações graves ou óbito. No DF, a maioria dos casos foram atendidos em até três horas.

O tratamento para envenenamento por animais peçonhentos pode variar de acordo com o tipo de animal e gravidade. Por isso, a recomendação é levar o paciente ao serviço de saúde mais próximo.

No caso de ataque por escorpiões, a orientação é lavar o local com bastante água e sabão, manter o membro mordido elevado e procurar o atendimento médico imediatamente.

Não é recomendado realizar torniquete ou garrote, muito menos furar, cortar ou aplicar qualquer tipo de substância ou ainda tentar sugar o veneno.

Chuvas

Os escorpiões costumam se alojar em ambientes úmidos e escuros e podem acessar as residências por conectores dessas redes, como tomadas, ralos e redes elétricas.

Durante o clima chuvoso, animais peçonhentos como escorpiões e aranhas saem em busca de locais secos para se abrigarem. Muitas vezes, os abrigos estão no interior de residências.

A limpeza e a organização de jardins, quintais e outros espaços abertos é fundamental para a prevenção. Outra orientação é usar luvas de couro e botas ao lidar com entulhos.

Rede de atendimento

Em caso de acidentes, a população deve buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. No site da pasta, há a lista dos locais onde estão disponíveis os soros. As informações estão neste link.

É possível entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas, pelos telefones 0800 644 6774 ou 0800 722 6001.

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