Lula chama de ingratos os governadores que criticaram renegociação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os governadores dos estados que mais devem são ingratos ao criticar vetos à lei que trata da renegociação das dívidas bilionárias. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (16/1), em cerimônia no Palácio do Planalto.

A crítica ocorreu no momento em que Lula comentava a sanção lei da repactuação das dívidas dos estados. Lula ainda disse que essa aprovação se deve aos esforços do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Entenda:

  • O presidente Lula chamou de “ingratos” os governadores que criticaram a sanção, com vetos, de lei que trata da renegociação de dívida dos estados.
  • Lula sancionou o projeto de repactuação das dívidas dos estados na última terça (14/1), e vetou alguns trechos do texto aprovado pelo Congresso Nacional.
  • As dívidas dos estados com a União chegam a R$ 797 bilhões, segundo dados do Tesouro. Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os maiores devedores.

“E os governadores, que não os cinco maiores que devem mais… que são ingratos porque deviam estar agracendo o governo federal e ao Congresso Nacional. Alguns fizeram críticas porque não querem pagar e, a partir de agora, vão pagar”, criticou o presidente.

A sanção da lei por Lula na última terça-feira (14/1), com vetos a alguns trechos, rendeu críticas de governadores. O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) deverá ter um impacto fiscal de R$ 20 bilhões por ano, segundo cálculos do Tesouro Nacional.

Críticas dos governadores

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por exemplo, acusou o Palácio do Planalto de “mutilar“, com os vetos, o programa de renegociação dos débitos. “O federalismo brasileiro foi golpeado pelas costas”, considerou ele.

Outro governador a se manifestar foi Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, que disse ter recebido a notícia “com extrema preocupação e indignação”. Segundo ele, os vetos geram uma perda de cerca de R$ 5 bilhões que ajudariam na reconstrução após as enchentes de 2024.

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