Apple diz que app pornô é ameaça e critica regras da União Europeia

Um aplicativo de pornografia que recentemente passou a ficar disponível em iPhones na União Europeia (UE) foi alçado à condição de “vilão” pela Apple, gigante de tecnologia nos Estados Unidos.


Entenda

  • Em comunicado divulgado na segunda-feira (3/2), a Apple criticou a política digital do bloco europeu, que, segundo a empresa, estaria comprometendo a credibilidade do setor e diminuindo a confiança dos consumidores.
  • Desde que abriu a App Store para iPhones, em 2008, a Apple detinha o controle sobre quais aplicativos poderiam ser baixados nos aparelhos.
  • Em 2010, o fundador e então presidente-executivo da companhia, Steve Jobs (1955-2011), chegou a afirmar que afastar o conteúdo pornográfico do iPhone era uma questão de “responsabilidade moral” para a Apple.
  • O status de “guardiã” da Apple foi alterado em 2022, por meio do Digital Markets Act (DMA) – Lei dos Mercados Digitais, em tradução livre –, que obrigou a empresa a permitir lojas de aplicativos alternativas.
  • Uma dessas lojas é a AltStore, que distribui o aplicativo Hot Tub. A descrição do produto diz que se trata de “uma forma privada, segura e elegante de navegar por conteúdo adulto”.

Apple x AltStore

Por meio de um comunicado, a Apple se diz “profundamente preocupada com os riscos de segurança que aplicativos pornográficos hardcore desse tipo criam para usuários da UE, especialmente crianças”.

“Esse aplicativo e outros semelhantes minarão a confiança do consumidor e a confiança em nosso ecossistema”, alega a big tech.

A AltStore, por sua vez, afirma que o aplicativo pornô recebeu autenticação da Apple.

“Ao contrário das falsas declarações feitas pelo desenvolvedor do marketplace, nós certamente não aprovamos esse aplicativo e nunca o ofereceríamos em nossa App Store”, rebateu a empresa fundada por Steve Jobs.

“A verdade é que somos obrigados pela Comissão Europeia a permitir que ele seja distribuído”, completou a Apple.

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