Em 2024, Central de Atendimento à Mulher recebeu mais de 2.000 ligações por dia

 

A Central de Atendimento à Mulher, mais conhecida como Ligue 180, recebeu mais de 2.000 ligações por dia no ano passado. Ao todo, o canal atendeu 691.444 ligações oriundas de todo o território nacional, representando um aumento de 21,6% em relação a 2023. Também em 2024, houve um crescimento de 15,2% no número de denúncias feitas à Central, que passou de 114.626 em 2023 para 132.084 no ano passado. Desse total, 83.612 foram realizadas pela própria vítima, 48.316, por terceiros, e 156, pelo agressor.

Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento reflete a maior confiança da população brasileira, principalmente das mulheres, no serviço do governo.

“Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, quanto para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, o que tem aumentado a confiança no canal”, explica a ministra.

O Ligue 180 é um serviço público e gratuito do governo federal que orienta sobre os direitos das mulheres e sobre os serviços da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência em todo o Brasil, além de analisar e encaminhar denúncias para os órgãos competentes.

Como entrar em contato?

O serviço funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

– Telefone: 180

– WhatsApp: (61) 9610-0180

– E-mail: [email protected]

Perfil das vítimas

As mulheres negras representaram 52,8% das denúncias do ano passado, somando 53.431 casos, com 16.373 denúncias contra mulheres pretas, e 37.058 contra mulheres pardas. Já as mulheres brancas somaram 48.747 denúncias, seguidas por mulheres amarelas (779) e indígenas (620).

As faixas etárias mais atingidas foram as mulheres entre 40 e 44 anos, com 18.583 denúncias, de 35 a 39 anos, com 17.572, e entre 30 e 34 anos, com 17.382 denúncias.

Cenário das violações

Em relação ao local em que ocorreram as violações, o ambiente doméstico e familiar foi o cenário mais comum. A “Casa da Vítima” apareceu em 53.019 denúncias, seguida pela “Casa onde reside a vítima e o suspeito” (43.097 denúncias) e “Casa do Suspeito” (7.006). Já o ambiente virtual somou 6.920 denúncias.

Início e frequência das agressões

Os dados indicam haver mulheres que vivenciam situações de violências por longos anos e diariamente. Ao todo, 32.591 denúncias são de violências que acontecem há mais de um ano, e 18.798 indicam que iniciaram há um mês.

Cerca de metade das denúncias (46,4%) apontaram que as vítimas eram agredidas diariamente, evidenciando a persistência do fenômeno da violência contra as mulheres.

“Ocasionalmente” foi a segunda categoria mais frequente, com 23.431 denúncias, seguida de “Única Ocorrência” (19.214) e “Semanalmente” (10.945). A categoria “Mensalmente” foi a menos registrada nas denúncias (2.453).

Além disso, 13.982 denúncias não possuem a informação sobre a frequência das violações.

Fonte: R7

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.