Pará reduz alertas de desmatamento e reforça liderança ambiental

Nos últimos cinco meses, o Pará consolidou seu protagonismo na preservação ambiental ao reduzir em 148 km² as áreas sob alerta de desmatamento, reforçando sua liderança na conservação da Amazônia. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por meio de seu sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

De agosto de 2024 a janeiro de 2025, foram registrados 808 km² de área sob alertas de desmatamento, o que representa uma redução de 148 km² em comparação com o mesmo período do ano anterior. O estado também obteve uma redução significativa no mês de janeiro, com 25 km² de área sob alertas de desmatamento, o que corresponde a uma queda de 22% em relação ao mesmo mês em 2024.

Queda no desmatamento segue tendência dos últimos anos

Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite confirmam que a redução do desmatamento no Pará não é um fenômeno recente. Entre 2022 e 2023, a taxa caiu 21%. Em 2024, a queda foi ainda mais expressiva: 28,4%, consolidando uma tendência de preservação que ganha força a cada ano.

“Esses números refletem o trabalho constante do estado em reduzir o desmatamento e a degradação florestal, essenciais para o futuro das populações tradicionais e para a preservação do planeta. O Pará continuará avançando em suas metas de conservação ambiental”, avalia Helder Barbalho, governador do Pará, ao destacar o esforço contínuo para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Governo do Pará (@governopara)

Medidas adotadas para reduzir o desmatamento no Pará

Sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), evento no qual serão discutidas e implementadas ações para combater as mudanças climáticas, o estado não poderia agir diferente.

O governo estadual vem desenvolvendo diversos planos para alcançar objetivos ainda maiores; entre eles, o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que tem como meta central a redução das emissões brutas de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para isso, além de reduzir o desmatamento, a gestão paraense trabalha na intensificação da regeneração vegetal, na melhoria das condições socioambientais no campo, no aumento da eficiência das cadeias produtivas e na valorização dos ativos ambientais.

Recuperação da vegetação nativa fortalece economia local

Além dele, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN-PA) colabora com as ações. Construído de forma participativa, o projeto ouviu indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, terceiro setor, instituições de pesquisa, setor privado e outros. A iniciativa beneficia e envolve toda a sociedade com medidas necessárias para que o estado alcance suas metas de reflorestamento, que ultrapassam a recuperação da vegetação nativa.

“O PRVN-PA vai além da restauração ecológica: ele fortalece a economia local, gera novas oportunidades para a agricultura familiar e incentiva práticas sustentáveis que preservam o conhecimento tradicional. Este plano respeita a profunda conexão entre a nossa gente e a terra, promovendo o desenvolvimento enquanto cuidamos do solo que nos sustenta”, disse o governador Helder Barbalho em carta aberta durante o lançamento da estratégia, que prevê que o estado seja líder global em sustentabilidade ambiental, firmando um compromisso “ambicioso” de recuperar 5,6 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Raul Protázio, reforçou a importância do trabalho da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) nesses resultados. “Em um momento de importante visualização da vulnerabilidade ambiental, o estado tem avançado de forma contínua e significativa. Estamos comprometidos em manter a floresta em pé, como demonstra a redução do desmatamento nos últimos anos”, afirmou.

amazonia
O Pará tem se destacado ao se preparar para sediar a COP 30, reforçando o papel do estado na luta global contra o desmatamento e as mudanças climáticas

COP 30 e o protagonismo do Pará

Os avanços na redução do desmatamento revelam a viabilidade da combinação entre a conservação da floresta e o desenvolvimento sustentável, o que estabelece o Pará como exemplo na redução do desmatamento e na promoção de soluções para os desafios ambientais globais.

A escolha de Belém como sede da COP 30 reflete o papel estratégico da Amazônia na agenda climática global. A cidade, que concentra desafios ambientais e oportunidades para o desenvolvimento sustentável, será o epicentro das discussões sobre o futuro do planeta.

Governo do Pará

Facebook | Instagram

Adicionar aos favoritos o Link permanente.