Como é usar um Google Pixel pela primeira vez? Conheça o “Android que não trava”

A linha Google Pixel é conhecida pela promessa de alto desempenho e câmeras avançadas, já que é desenvolvido pela mesma empresa por trás do Android, mas ele é realmente o “iPhone do Android”? Familiarizado com tops de linha de outras marcas, como os Galaxy S Ultra, usei o Google Pixel 9 Pro XL por dois meses para responder como é usar um celular do Google pela primeira vez

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O modelo testado é o de 128 GB, o que chama a atenção pelo pouco armazenamento considerando que se trata de um celular premium.

Android não trava? Google Pixel surpreende pela fluidez

É necessário começar esse relato de uso falando sobre a fluidez do sistema. O Google Pixel 9 Pro XL é o celular mais avançado da empresa no momento e demonstra isso na velocidade para navegar e abrir apps.


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Embora o chipset Tensor G4 ainda esteja abaixo de versões recentes do Snapdragon em benchmarks, no uso cotidiano, tive desempenho de sobra, também graças aos 16 GB de RAM. 

Considerando minha experiência com celulares Android top de linha, o último Pixel lançado é o celular com melhor dissipação de calor que já usei. Mesmo em situações de estresse para a bateria, como abaixo de 20%, é difícil fazer com que o dispositivo esquente.

“Câmera de iPhone” em um celular Android

google pixel 9 pro xl
A câmera é um dos grandes destaques do Google Pixel (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

Juntamente com a fluidez, o conjunto de câmeras (principal de 50 MP, ultrawide e telefoto de 48 MP) é o que mais chama a atenção no Google Pixel 9 Pro XL.

Da mesma forma que a Apple, a empresa decidiu focar em cores fiéis e conseguiu. Além disso, o pós-processamento surpreende pelo tratamento de qualidade nas fotos.

Particularmente, costumo tirar muitas fotos e gravar vídeos à noite e com muito zoom, e o Google Pixel conseguiu entregar a melhor experiência que já tive em um celular Android nesse aspecto.

A capacidade de focar de forma inteligente para acompanhar o movimento do foco, além de equilibrar as cores e capturar detalhes mesmo em situações desafiadoras, é um dos pontos altos do aparelho.

Essas mesmas considerações valem para situações diurnas. As cores são realistas e sem excessos, e o zoom captura com precisão o que está muito longe.

Câmera Google Pixel 9 Pro XL sensor principal
Câmera Google Pixel 9 Pro XL sensor principal (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL ultrawide
Câmera Google Pixel 9 Pro XL ultrawide (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL
Câmera Google Pixel 9 Pro XL modo retrato (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL
Câmera Google Pixel 9 Pro XL zoom 5x (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL
Câmera Google Pixel 9 Pro XL modo noturno (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL
Câmera Google Pixel 9 Pro XL modo noturno (Wendel Martins/Canaltech)
Câmera Google Pixel 9 Pro XL
Câmera Google Pixel 9 Pro XL zoom 2x (Wendel Martins/Canaltech)

Sigo com o mesmo relato sobre a câmera frontal: a melhor que já obtive em um Android. A riqueza de detalhes e informações que o sensor de 42 MP consegue registrar é excelente. 

“Android puro” vale realmente a pena?

Por muitos anos, a experiência de um sistema operacional “Android Puro” foi colocada como a ideal, já que não teria as mudanças feitas pelas fabricantes de smartphones. Mas, na prática, não é bem assim, e o próprio Google utiliza uma interface própria no Pixel: a Pixel UI.

Embora seja extremamente rápida e intuitiva, a interface carece de recursos que as demais fabricantes implementam em suas funções personalizadas do Android.

Sem dúvidas, senti falta de recursos presentes na One UI, da Samsung, como a tela dividida, apps em exibição pop-up, Samsung Dex e personalizações como um app que controle o volume de um único aplicativo e permite escutar música no Spotify enquanto assisto um vídeo no YouTube. 

Ainda existem recursos diferenciados nesse sentido, como um termômetro, alterar o tema das cores dos ícones, ou tocar duas vezes na traseira para realizar um comando pré-definido, o que eleva a usabilidade, mas a experiência do usuário como um todo poderia ser melhor.

O celular sabe que você importou e te limita

Conforme mencionado anteriormente, o Google Pixel não está à venda localmente no Brasil e é necessário importar para comprar um. Além do preço elevado devido à importação, a compra estrangeira também limita os recursos do Google Pixel.

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Aplicativo “Capturas de Tela” é ótima ideia, mas não está disponível em português (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

Aplicativos como “Capturas de Tela”, que consegue resumir as capturas de tela via IA e responder perguntas sobre elas, além de oferecer sugestões de filmes, músicas ou produtos com base nas capturas, e o “Pixel Studio”, app que gera imagens com inteligência artificial, não funcionam em português brasileiro. 

Embora essa limitação não tenha sido um entrave nos testes, chama a atenção o aplicativo recomendar alterar o idioma para aproveitar tecnologias recentes. Em outras palavras, alguns recursos do dispositivo deveriam ser mais acessíveis para o público brasileiro.

Google leva a segurança para outro nível no “seu celular Android”

Um dos grandes destaques do Google Pixel 9 Pro XL é o conjunto de funções de segurança pessoal. Graças ao Android 15, ele oferece configurações avançadas de proteção contra roubo.

Desde o bloqueio da tela quando o celular fica muito tempo offline até a identificação de situações de risco, verificando se o usuário está bem para compartilhar sua localização com contatos de emergência ou ligar para serviços como a polícia caso não obtenha resposta, o dispositivo se destaca nesse quesito.

Recursos de IA: fazem diferença no Google Pixel?

Ainda sobre IA, os destaques ficam para o “Circule para Pesquisar” e o Gemini (presentes em outros celulares Android recentes), o “Editor mágico” do Google Fotos, que se diferencia no Pixel pela possibilidade de digitar uma edição desejada na imagem e o app realizá-la automaticamente, e o “Me Adicione”, que combina duas fotos para incluir o fotógrafo em uma foto em grupo. 

google pixel 9 pro xl recursos de IA
Google investiu nos recursos de IA do Google Pixel 9 Pro XL, incluindo a possibilidade de digitar uma edição na foto para a IA fazer  (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

O smartphone ainda oferece insights do clima com base na previsão do tempo, mas, mais uma vez, há menos funções disponíveis quando comparamos uma cidade brasileira com uma americana.

Carregamento lento para um top de linha

Por fim, o carregamento do dispositivo decepciona. Com um carregador de 45 W (não incluso na caixa), o celular leva 1h20min para a carga completa. Já com um carregador de 25 W, o dispositivo carrega por inteiro em 1h40min, aproximadamente. 

O resultado é uma agravante, quando comparamos o Google Pixel 9 Pro XL com o Galaxy S25 Ultra recém-lançado, que vai de 0 a 100% em 59 minutos via carregamento rápido de 45 W. 

Por outro lado, a autonomia da bateria é suficiente para durar um dia inteiro. Além disso, o fato de o celular não esquentar facilmente contribui para que a bateria de 5.060 mAh leve mais tempo para descarregar e tenha uma vida útil maior.

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VÍDEO: Google Pixel 9 Pro XL: Será que vale a pena importar?

 

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