Após “ditador”, Zelensky se encontra com enviado de Trump. Vídeo

Após Donald Trump aumentar o tom e chamar Volodymyr Zelensky de “ditador”, o presidente ucraniano recebeu o enviado especial do presidente norte-americano para a Ucrânia, general Keith Kellogg, e discutiu o futuro da guerra.

O encontro ocorreu nesta quinta-feira (20/2) em Kiev. Veja:

 


Negociações de paz

  • Após assumir a presidência dos EUA, Donald Trump avançou no plano de levar paz à guerra na Ucrânia.
  • Nos últimos dias, as negociações avançaram significativamente, com delegações dos EUA e da Rússia se reunindo na Arábia Saudita.
  • Trump também afirmou que deve se encontrar com Putin ainda neste mês para discutir a guerra.
  • O processo, contudo, tem sido criticado por Zelensky e líderes da Europa. A principal reclamação é de que a Ucrânia e aliados europeus não têm sido incluídos nas conversas.

Mesmo com as duras palavras de Trump e da insatisfação com a atual fórmula de negociação que tem se centrado principalmente nos Estados Unidos e na Rússia, Zelensky classificou a reunião com Kellogg como “boa discussão”.

Depois do encontro, Zelensky disse que a Ucrânia está pronta para buscar a paz, mas sinalizou que deve continuar a insistir sobre garantias de segurança para o seu país no pós-guerra.

“Desde o primeiro segundo esta guerra, a Ucrânia quer a paz. Devemos e podemos garantir que a paz seja forte e duradoura, para que a Rússia nunca possa retornar com a guerra”, destacou o presidente ucraniano em uma publicação no X. “A Ucrânia está pronta para um acordo forte e eficaz de investimento e segurança com o presidente dos Estados Unidos”.

Segundo o líder ucraniano, o país propôs uma “maneira mais rápida e construtiva” para alcançar os resultados de paz. Contudo, maiores detalhes sobre o encontro com Kellogg não foram divulgados.

Apesar do tom conciliador e esperançoso, até certo ponto, Zelensky tem enfrentado pressões por parte do presidente norte-americano desde que as negociações de paz avançaram.

Trump se disse “desapontado” com as críticas do presidente da Ucrânia sobre as recentes conversas entre Washington e Moscou, e insinuou que Zelensky não tem o direito de reclamar, pois não resolveu a situação nos últimos três anos.

Além disso, o presidente dos EUA chegou a chamar o líder ucraniano como “ditador”, e ecoou falas de Putin sobre a legitimidade do governo de Zelensky.

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