Polícia pede arquivamento de caso de paciente morto em UTI por PM

Goiânia – O inquérito sobre a morte do paciente Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, foi concluído pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), que pediu o arquivamento do caso.

O homem foi morto a tiros dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital em Morrinhos, em 18 de janeiro, após fazer uma técnica de enfermagem refém, durante um surto psicótico.

De acordo com o delegado responsável pela inquérito, Fabiano Jacomelis, o policial que atirou em Luiz Cláudio agiu em legítima defesa para garantir a segurança e a integridade física da refém.

No relatório encaminhado à Justiça, o investigador aponta que a profissional feita refém corria risco de morte iminente e que a ação policial foi a única forma de evitar uma tragédia.


Morto dentro da UTI

  • Luiz Cláudio estava internado havia cerca de três dias, quando teve um surto e fez uma técnica de enfermagem refém.
  • No momento da ação, a equipe da PM não portava arma de choque, que poderia ter sido usada para conter a situação sem propriedades letais.
  • A família do paciente contesta a atuação da corporação e a versão apresentada pela Polícia Militar de Goiás.

Análise do caso

O inquérito foi encaminhado para a 2ª Promotoria de Justiça de Morrinhos, que tem 15 dias para decidir se oferece ou não denúncia contra o policial militar. Caso a promotoria concorde com o pedido de arquivamento, o caso será encerrado.

À época, imagens que circularam nas redes sociais mostrando o momento em que o homem mantém a mulher refém. No vídeo, o paciente segura um objeto pontiagudo contra o pescoço da profissional. A cena foi registradaem 18 de janeiro deste ano na UTI do hospital. Veja:

 

Negociações

“Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos de gerenciamento de crise para liberar a vítima. Apesar das tentativas de verbalização para que o autor soltasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças”, informou a Polícia Militar em nota.

Segundo a corporação, diante do risco iminente à vítima, foi necessário um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e resguardar a integridade física da refém.

“Mesmo alvejado, o autor continuou resistindo, sendo necessária a sua contenção pelos demais policiais militares. A equipe médica prestou socorro imediato, mas, infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito”, completou a corporação.

Após a morte do paciente, o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Marcelo Granja, afirmou que até abril todas as viaturas que estiverem em serviço nas ruas de Goiás contarão com um Dispositivo Eletrônico de Controle (CEC), popularmente conhecido como taser gun (arma de eletrochoque, em inglês).

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