Moraes vota por tornar sobrinho de Bolsonaro réu pelo ataque de 8/1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou para que Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, fosse acusado formalmente pela participação nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi implicado na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

A decisão de Moraes ocorreu durante a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Léo Índio de uma série de crimes. Ele é apontado como um dos responsáveis pela tentativa de golpe de Estado, além de danos qualificados ao patrimônio público e deterioração de bens tombados. A denúncia foi protocolada pela PGR em 15 de janeiro de 2025, e o caso segue sendo analisado pelo STF.

Acusações contra Léo Índio
A denúncia apresentada pela PGR contra Léo Índio inclui crimes como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e dano qualificado ao patrimônio da União. Além disso, a Procuradoria menciona a evidência de que Léo Índio teria sido ativo durante os atos golpistas de 8 de janeiro, com uma foto sua publicada nas redes sociais, em que ele aparece no topo do Congresso Nacional, alegando ser alvo de gás lacrimogêneo.

Defesa de Léo Índio
Os advogados de defesa de Léo Índio argumentam que o caso não deveria ser analisado pelo STF, uma vez que o acusado não possui foro privilegiado. Eles também alegam que a PGR não apresentou provas suficientes sobre a contribuição de Léo Índio nos crimes cometidos durante os ataques. Contudo, a Procuradoria defende que há elementos concretos que comprovam a participação do réu nos eventos de 8 de janeiro.

O andamento do processo
O julgamento da denúncia está sendo conduzido em plenário virtual e deverá ser finalizado até 28 de fevereiro, caso nenhum pedido de vista ou destaque seja feito. Caso o STF aprove a denúncia, Léo Índio será formalmente processado, e a ação penal será iniciada contra ele.

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