IA no ar-condicionado faz diferença? Descubra se ajuda em alguma coisa

No último ano, a IA foi o centro das atenções no mundo da tecnologia, incluindo os aparelhos de ar-condicionado. Mas, na prática, a inteligência artificial realmente faz alguma coisa nestes produtos? A resposta é sim! Graças aos recursos de aprendizagem com base em dados, do usuário que o ar-condicionado coleta, ele consegue gelar mais rápido e economizar energia.

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Entenda abaixo como a inteligência artificial vem transformando o uso do ar-condicionado nas casas. 

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Ar-condicionado entende seus hábitos

Em poucas palavras, o objetivo da IA no ar-condicionado é aprender a rotina do consumidor para antecipar os comandos preferidos e oferecer o melhor conforto térmico.


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“A IA no ar-condicionado é baseada, principalmente, na ideia de aprender o que o usuário prefere e antecipar as configurações que são mais adequadas para aquele ambiente e, com isso, trazer mais conforto e economia de energia”, explica Daniel Fraianeli, gerente sênior de produto da divisão de ar-condicionado da Samsung Brasil.

Fraianeli ainda reforça que os aparelhos da marca contam com sensores que identificam as condições do ambiente, como monitoramento de umidade, para alternar automaticamente o modo de uso.

A velocidade com que o ar-condicionado consegue aprender os hábitos surpreende. De acordo com Leonardo Fogaça, gerente de produtos de ar-condicionado residencial da LG do Brasil, o eletrodoméstico leva dois dias para entender a rotina da casa:

“Após 48 horas o ar-condicionado já está aprendendo com o usuário final. Essa inteligência pode proporcionar ao usuário o melhor conforto térmico sem ele precisar mexer o tempo inteiro na temperatura automaticamente”, detalha Fogaça.

 

Ambas as fabricantes reforçam o uso da inteligência artificial no ar-condicionado, de forma que a abreviação “AI” já faz parte do nome dos produtos.

Além disso, enquanto a Samsung lançou em dezembro de 2024 os novos modelos de ar-condicionado Samsung Windfree AI e o Samsung Windfree POWERVolt AI, a LG acaba de lançar a campanha “Fuja do Calor” que destaca os recursos de IA do aparelho.

Esta estratégia deixa claro como a IA é o foco das principais marcas do segmento de ar-condicionado no Brasil, que devem implementar cada vez mais funções.

Como a IA no ar-condicionado funciona?

A ideia de otimizar o funcionamento com base nos hábitos do usuário é ambiciosa e demanda uma tecnologia avançada.

Para isso, como outras inteligências artificiais conhecidas, o aparelho utiliza um componente eletrônico para interagir com a nuvem da empresa para armazenar dados de uso e oferecer a melhor resposta:

“O ar-condicionado vincula uma nuvem da própria LG e consegue armazenar as informações de uso do usuário. A partir daí, ele identifica e sabe que naquele perfil, ele vai utilizar daquela forma que o consumidor prefere”, explica Fogaça.

Para maior aprendizagem, o ar-condicionado ainda consegue alocar estatísticas de uso de usuários com base na região. A ideia é que o aparelho seja ainda mais assertivo ao comparar as rotinas de forma anônima.

“Ele utiliza a nuvem de forma anônima. Então, ele pode comparar com a média de usuários, obviamente, sem identificação de cada usuário, mas identifica o comportamento em determinada região do Brasil para aprender mais.”, complementa Fraianeli.

Ar-condicionado WindFree AI foi lançado em dezembro com foco nos recursos de inteligência artificial (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech))

Inteligência artificial faz o ar-condicionado gelar mais rápido?

Anteriormente, explicamos que a circulação de ar por hora, ou seja, o potencial para resfriar, é a principal forma saber se um ar-condicionado gela rápido. No entanto, a IA também pode contribuir para resfriar o ambiente rapidamente.

Seguindo a proposta de trabalhar com os costumes do consumidor, Fogaça reforça que o ar-condicionado pode resfriar mais rápido, se essa for a rotina em que ele está habituado:

“Se esse é o comportamento do usuário, o ar-condicionado vai aprender isso e utilizar esse aprendizado para gelar o mais rápido possível, assim que a pessoa ligar o aparelho.”

Prever os controles pode ir além do aprendizado com o cotidiano. Na linha WindFree, da Samsung, os modelos notam a presença de pessoas no ambiente e oferecer o melhor ar para o contexto, segundo Fraianeli: 

“A refrigeração de boas-vindas usa o celular cadastrado (no app SmartThings) para detectar a localização do dono do ar-condicionado e ligá-lo quando ele estiver perto. Funcionando no modo automático, ele pode entender que naquela condição o modo refrigeração rápida é o ideal e gelará rapidamente”, explica.

IA otimiza consumo de energia

Outro ponto muito procurado pelo público no momento de comprar um ar-condicionado é o consumo de energia. Nesse sentido, a inteligência artificial consegue ajudar na conta de luz ao fim do mês.

Um recurso que não diz respeito completamente aos hábitos de uso, é o monitoramento da energia gasta dos aparelhos de ar-condicionado. De acordo com Fraianeli, os modelos modernos medem com precisão o gasto em kilowatt (kW):

“A gente fez um teste com o Labelo (laboratório credenciado pelo Inmetro) que resultou em 99% de acuracidade. Então o ar-condicionado consegue medir muito bem o consumo. Basta colocar o CEP que ele identifica a distribuidora de energia, impostos e a bandeira em vigor.”

Com isso em mente, o aparelho fornece dicas sobre o gasto de energia e notifica o usuário sobre o andamento de metas de consumo pré-estabelecidas por ele. 

Ar-condicionado Samsung Windfree permite acompanhar o consumo de energia em tempo real (Imagem: Divulgação/Samsung)

IA melhora o sono e dispensa o uso do controle remoto

Muitos ares-condicionados avançados contam com um modo dedicado para a hora de dormir. Mas a IA leva isso para outro nível para proporcionar o melhor sono. 

“Existe um nível de temperatura recomendado para dormir que deve diminuir um pouco antes do sono para estimular o corpo. Já na hora de acordar, o ideal é que a temperatura aumente com a ideia de induzir o despertar. O modo Good Sleep faz isso, mas com ainda menos ruído e de forma programada”, explica Fraianeli.

O executivo ainda explica uma das inovações mais recentes para o sono: integração com o Galaxy Watch. Conforme o anúncio do Samsung Windfree AI no final do ano passado, os aparelhos podem usar os dados de monitoramento de sono do smartwatch para saber quando o usuário começar a dormir e ativar o modo Good Sleep.

Em suma, a IA dispensa o uso do controle remoto em diferentes situações, incluindo a hora de dormir. Também vale destacar que boa parte dos modelos de ar-condicionado do mercado nacional já chega com um aplicativo próprio para controlar facilmente, seja o LG ThinQ da LG ou o SmarThings da Samsung, por exemplo.

“O app facilita a vida do usuário por ter o conforto de usar sem precisar levantar para desligar alguma coisa ou pegar um controle. A LG pensa nessa integração para manter o consumidor bem confortável nesse sentido”, finaliza Fogaça.

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VÍDEO: Ar-condicionado gasta muita energia?

 

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