Denúncia da PGR contra Bolsonaro é “forçação de barra”, diz Tarcísio

São Paulo — O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (25/2) que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “revanchismo” e uma “forçação de barra”. Tarcísio ainda disse que a acusação de tentativa de golpe de Estado que pesa sob Bolsonaro “não faz sentido nenhum”.

“Você tem hoje uma questão de revanchismo. Deixa as paixões de lado, desconsidera o fato de você gostar ou não da pessoa. Vamos para as evidências. Nada do que é apresentado mostra alguma conexão ou relação [com o ex-presidente]. Está se criando uma maneira de responsabilizar pessoas que não têm responsabilidade”, afirmou o governador durante evento de entrega de uma praça em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

Apadrinhado político de Bolsonaro e cotado para concorrer à Presidência da República, em 2026, no lugar do ex-presidente, que está inelegível, Tarcísio ainda afirmou que a denúncia do procurador-geral, Paulo Gonet, é uma “vulgarização”.

“A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização, porque isso é perigoso. Isso cabe para um inimigo público número 1 hoje, vai caber para um outro inimigo público amanhã. Qual é a critério? Ontem, eu estava ouvindo os áudios que divulgaram. O que tem os áudios em termos de responsabilidades objetiva? Absolutamente nada”, disse o governador.

Pelas redes sociais, Tarcísio de Freitas já havia saído em defesa de Bolsonaro, em cujo governo foi ministro da Infraestrutura. Em seu perfil no Instagram, Tarcísio disse que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do estado democrático de direito”.

A situação de Bolsonaro amplia a pressão para que Tarcísio saia candidato à Presidência, em 2026.

Embora o nome do governador seja ventilado para presidente desde o início do mandato – e o próprio Tarcísio negue o desejo de se candidatar a algo que não a reeleição no ano que vem –, a pressão sobre ele já tinha começado a crescer ao longo da última semana, diante da iminente denúncia contra Bolsonaro e da expressiva queda da aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

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