Lander Blue Ghost envia as primeiras fotos após pouso histórico na Lua

O lander Blue Ghost, da norte-americana Firefly Aerospace, fez história ao pousar na Lua no domingo (2) e já enviou as primeiras fotos após a descida. O feito tornou esta a segunda espaçonave privada a realizar um pouso de sucesso na superfície do nosso satélite natural. 

  • Por que ainda é tão complicado pousar na Lua?
  • Confira as missões que vão ser lançadas à Lua em 2025

Foi por volta das 4h30 no horário de Brasília que o Blue Ghost acionou seus motores para realizar a manobra de inserção orbital descendente. O procedimento o deixou a cerca de 100 km da superfície lunar a caminho do pouso. 

Estamos na Lua!”, comemorou Nicky Fox, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da NASA durante a live da missão. “Desculpem, é que estou muito empolgado agora”, acrescentou. 

A reação de Fox não é sem motivo. É que, em sua missão Ghost Riders in the Sky, o Blue Ghost levou em seu interior 10 experimentos científicos da NASA que vão estudar desde a radiação na superfície lunar até testar formas de coletar e armazenar amostras do regolito por lá. 

O Blue Ghost desceu perto de Mons Latreille, uma estrutura vulcânica na bacia de Mare Crisium. O local foi escolhido como uma forma de evitar anomalias magnéticas que poderiam afetar o funcionamento dos instrumentos. 

Agora que pousou, o Blue Ghost deve passar 14 dias em atividade na superfície lunar. Os últimos dias da sua missão prometem ser espetaculares: vai ocorrer um eclipse total em 14 de março, e o Blue Ghost vai ter uma visão extremamente privilegiada da Terra escondendo o Sol sobre o horizonte lunar. 

Lander Blue Ghost

Lançado em janeiro por um foguete Falcon 9, da SpaceX, o lander Blue Ghost mede cerca de 3 m de altura e 3,5 m de largura, e é o primeiro módulo de pouso da Firefly. A espaçonave foi desenvolvida com base em diversas missões, como a Beresheet, da israelense SpaceIL. 

Os primeiros dias da missão devem ser agitados, com foco na coleta de dados. “Depois, o lander vai ficar em uma temperatura em que algumas das suas cargas úteis não vão funcionar. Então ele vai ‘se acalmar’ um pouco na metade da missão”, explicou Ray Allensworth, diretor de programa na Firefly.

Leia a matéria no Canaltech.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.