Os cães sentem ciúmes dos donos? Experts explicam atitudes caninas

Ao chegar em casa com o cheiro de um animal de estimação diferente ou ao acariciar pets desconhecidos, é possível que o tutor note comportamentos diferentes nos próprios cães. Os cachorros expressam comportamentos que podem ser lidos pelas pessoas como ciúmes dos donos. Entretanto, a interpretação pode não representar exatamente a emoção vivenciada pelos pets.

O ciúmes propriamente dito faz parte da psique humana, e a comprovação de que o sentimento acontece nos cães ainda não é comprovada.

Segundo a veterinária Fernanda Rossi, estudos apontam que os pets têm uma emoção ligada ao senso de recompensa que pode ser parecida com o ciúmes. Apesar disso, na verdade está associada à ideia de que o cão também quer o recurso oferecido àquele outro animal.

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O pet traz alegria ao lar

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Cuidar adequadamente do animal é missão do tutor

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Como o olfato canino é mais apurado, eles conseguem sentir o cheiro de um outro bichinho e até ter impressões negativas. “Mas dificilmente veremos um comportamento agressivo do cão com tutor somente por conta do cheiro”, defende Rossi, que atua no Grupo Hospitalar Pet Support.

Já segundo a veterinária Vivian Quito, eles podem demonstrar comportamentos compatíveis com o ciúmes. Entre eles, estão se afastar do tutor ou se posicionar entre o tutor e o outro animal, demostrando sinais de estresse ou ansiedade. “Não é devido a um sentimento tão complexo como ciúmes dos humanos. É uma resposta comportamental ligada à competição social e apostas de recursos”, descreve.

Quito explica que esse desconforto com o cheiro de outros animais pode acontecer devido à competição por atenção do tutor ou posse de recursos.

Outra possibilidade é a de que o animal de estimação já tenha tido experiências negativas com outros pets quando era filhote, associando o cheiro diferente ao trauma, o que traz à tona uma emoção negativa do pet.

“Alguns dos comportamentos que o pet pode demonstrar é cheirar insistentemente o tutor, lamber o dono em excesso ou evitar o contato momentâneo com o ‘pai’ humano, ou mesmo pedir atenção excessiva”, exemplifica Quito.