Euclid libera dados de 26 milhões de galáxias

A missão Euclid, conduzida pela Agência Espacial Europeia (ESA), continua a impressionar com suas descobertas sobre a estrutura do Universo. Na última quarta (19), a agência apresentou que, em seu primeiro grande levantamento do céu, o telescópio já capturou imagens de 26 milhões de galáxias, algumas localizadas a impressionantes 10,5 bilhões de anos-luz da Terra.

  • Telescópio Euclid foi lançado com participação do Brasil
  • Como o telescópio Euclid vai mapear a matéria escura, que é invisível

O telescópio Euclid foi projetado para mapear um terço do céu em alta resolução, revelando detalhes sem precedentes sobre a organização das galáxias. Recentemente, cientistas divulgaram imagens e análises de três regiões distintas do céu, representando 0,5% do objetivo total da missão. Esse levantamento inicial abrange 63 graus quadrados do céu, o equivalente a mais de 300 vezes a área aparente da Lua cheia.

As observações revelaram uma teia cósmica composta por vastas regiões vazias e concentrações de galáxias. Esse padrão estrutural oferece pistas valiosas sobre a distribuição da matéria escura, uma substância invisível que influencia a formação das galáxias.


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Destaques da missão Euclid

Além disso, o Euclid está ajudando a estudar o fenômeno da lente gravitacional, onde a gravidade de galáxias massivas curva a luz de objetos mais distantes. Até o momento, os cientistas identificaram cerca de 500 dessas lentes, oferecendo uma nova forma de medir a matéria escura.

 

Outro destaque da missão é a criação de um vasto catálogo de galáxias. Mais de 380 mil foram detalhadamente classificadas conforme suas características estruturais, como braços espirais e barras centrais.

Esse será apenas o primeiro fragmento de um banco de dados ainda maior, esperado para conter informações sobre mais de 1,5 bilhão de galáxias ao longo da missão.

O Futuro da missão 

Lançado em 2023 a partir da Flórida, nos Estados Unidos, o Euclid tem uma missão planejada para durar seis anos. Seu objetivo principal é ajudar os cientistas a entender a expansão do Universo e como sua estrutura se formou desde o Big Bang, ocorrido há cerca de 13,8 bilhões de anos.

A ciência moderna reconhece que apenas 5% do Universo é composto de matéria visível, como estrelas e planetas. O restante consiste em matéria escura (27%) e energia escura (68%), elementos misteriosos que afetam a expansão e a organização do cosmos. Os dados do Euclid ajudarão a refinar as teorias sobre esses componentes invisíveis e sua influência na evolução do Universo.

O próximo grande lote de dados do Euclid está previsto para outubro de 2026, abrangendo uma área 30 vezes maior que a atual.

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