Síndrome do pânico e ansiedade são problemas psicológicos que afetam grande parte da população mundial. E com os famosos não é diferente. Felipe Neto bateu um papo com a jornalista Fátima Bernardes e desabafou ao recordar sua primeira crise de pânico, há 15 anos.
“Quando você fala da depressão e tudo mais, qualquer pessoa que passe por crises de ansiedade ou de depressão, não percebe em um primeiro momento. O que foi um alerta importante que te fez pensar assim: ‘Não, acho que vou precisar de ajuda, sozinho não estou dando conta?’”, quis saber a apresentadora.
E foi nesse momento que o influenciador lembrou: “Foi uma crise de pânico de madrugada. Comecei a ter uma taquicardia e pensei: ‘Vou infartar! Gente, vou morrer tão cedo!’. Eu não conseguia entender porque nunca tinha sentido. Você começa a sentir uma leve dor… Não chega a doer, mas é uma aceleração do coração. E você acha que aquilo pode ter associação com uma parada cardíaca. Falei: ‘Vou morrer!’”, recordou.
Conscientização pessoal
Em seguida, Felipe Neto continuou relatando: “Comecei a pensar, refletir e falei: ‘Não, pera! É muito difícil alguém morrer de ataque cardíaco com 22 anos, é outra coisa’. Meu pai é psicólogo e já tinha conversado muito comigo sobre coisas que acontecem de ansiedade. E, aí, comecei a lembrar das coisas que ele tinha me falado. E deitei no chão… Comecei chorando… Deitei no chão, comecei a abraçar as pernas e refletir: ‘Por que estou sentindo isso?’”, detalhou, antes de completar:
“E comecei a conversar comigo mesmo, que era uma técnica que ele tinha me ensinado. Ele tinha falado: ‘Se acontecer alguma coisa, conversa com você, começa a conversar, fala em voz alta mesmo’. Falei: ‘O quê que você está sentindo? Por que que você está assim? O que que houve?’. E, aí, comecei a ver que estava com medo, comecei a falar do que que eu estava com medo, comecei a falar em voz alta. Isso deu uma controlada e passou a crise”, afirmou.
Ainda durante a conversa, ele disse: “Naquele momento, falei: ‘Acho que preciso de ajuda’. O problema é que a gente sempre espera… É que nem quando a gente está com uma dor. A gente está com uma dor e a gente fala: ‘Vai passar’. A gente tem essa tendência, né? Não sei por que o ser humano tem essa falha. Isso é uma falha. A gente tem uma dor e a gente fala: ‘Vai passar’. Toma um remédio e espera. Às vezes essa dor é um indicativo de algo que se você tivesse visto ali naquele momento você poderia ter curado mais cedo. Mesma coisa a gente faz com a saúde mental”, analisou.